DO INFERNO AO ALÍVIO EM OITO DIAS

Publicado às 11h30 deste domingo, 31 de outubro de 2021.

"O Santos é uma força viva temperada no fragor de batalhas memoráveis". A frase é do carismático e infelizmente já falecido Padre Paulo Horneaux de Moura que ficou caracterizado como alguém que soube evangelizar e unificar a comunidade santista por meio de trabalhos sociais, além de ajudar a desenvolver atividades para os jovens e aos desempregados e tem até o seu nome como de uma escola de samba na baixada em sua homenagem. A frase do sacerdote serve muito bem para explicar a força do alvinegro da Vila que conquistou sua segunda vitória seguida no Brasileirão, em Curitiba, diante do forte Athlético Paranense por 1 a 0, gol de Madson, na tarde deste sábado (30). O resultado afastou a equipe, pelo menos por enquanto, da zona da confusão e o colocou na 11a. posição, antes do término da rodada.

Sem Marinho e Zanocello suspensos, Carille colocou Ângelo na extrema direita e Balieiro no meio de campo.

O primeiro tempo do alvinegro tinha um problema matemático. Como atuava com três defensores - Róbson Reis, Velazquez e Boza e nenhum dos três tem uma saída qualificada e sequer conduziam a bola com os pés até o meio-campo e o Furacão paranaense só deixava Renato Kayser espetado, o time chegava a ficar com dois ou até três atletas a menos no campo adversário e sendo assim, o goleiro dos donos da casa era um mero expectador. O time deu um chute apenas ao gol e limitou-se a defender.

No segundo tempo, o time que jogava por 'uma bola' encontrou a sua oportunidade. Marcos Guilherme, um dos melhores do jogo, deu lançamento na 'pinta' para Madson que é o melhor finalizador de cabeça do elenco, marcar o único jogo da partida, para delírio da galera santista do Paraná presente a Arena.

Daí por diante, foi um bombardeio dos finalistas da Copa do Brasil e da Sul-Americana para cima do Peixe, mas o 'Papa do gol da Vila Belmiro' teve nova tarde de Rodolfo Rodriguez e pegou até pensamento. Garantiu o resultado, fundamental na luta contra o rebaixamento e com os seis pontos conquistados o número de 44 está mais perto. Agora faltam nove pontos em novo jogos. O time tem 35.

A batalha continua e serão mais dois compromissos dificílimos diante do Palmeiras e Red Bull Bragantino, times da parte de cima da tabela, nas próximas rodadas. 

Mas para o Santos nada é fácil, porém, finalmente, o time deu uma resposta ao seu torcedor. 

Se jogou pior que o adversário? Isso era o menos importante, neste instante, precisava pontuar e de fato, aconteceu. O time ainda segue com problemas, mas venceu.

O futebol é tão maravilhoso e empolgante que se o alvinegro praiano vencer o clássico do próximo domingo, diante do Palmeiras (7) sai de um possível rebaixamento para concorrer a uma vaga na pré-Libertadores. Será que dá? Eu, particularmente, prefiro manter os pés no chão e pelo menos, por enquanto, pensar em conseguir o número mágico para se manter na primeira divisão. 


FICHA TÉCNICA

ATLHETICO-PR 0 X 1 SANTOS

Arena da Baixada, em Curitiba (PR)

Árbitro: Leandro Vuaden (RS)

Árbitro de vídeo: Rodrigo Dalonso Ferreira (SC)

Cartões amarelos: João Paulo, Vinícius Balieiro (SFC), Zé Ivaldo (ATH).

GOLS: Madson (1 x 0), aos 3 minutos do 2º tempo

ATHLÉTICO-PR: Santos; Zé Ivaldo, Thiago Heleno e Nicolás Hernández (Nikão); Marcinho (Khellven), Erick (Léo Cittadini), Christian e Abner; Terans, Renato Kayzer e Pedro Rocha (Bissoli). Técnico: Alberto Valentim

SANTOS: João Paulo; Boza, Velázquez (Wagner Palha) e Robson; Madson, Balieiro, Felipe Jonatan (Sánchez), Marcos Guilherme (Pará) e Lucas Braga; Ângelo (Moraes) e Diego Tardelli (Raniel). Técnico: Fábio Carille

João Paulo voltou a jogar bem e garantiu a vitória no Paraná.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

João Paulo: E tinha gente que exigia Jandrei de titular. É o melhor goleiro do campeonato brasileiro deste ano. Quem mais trabalhou. Duas defesas digna de Rodolfo Rodriguez. Garantiu o bicho. - 8,0

Boza: O melhor defensor no segundo tempo. |Também perdeu um gol incrível. - 7,0

Velázquez: Muito bem no primeiro tempo, como rebatedor pela esquerda. Saiu com lesão muscular. Sua liderança fez falta na segunda etapa. - 7,0

(Wagner Palha): Não teve a mesma liderança do seu antecessor uruguaio, entretanto, não comprometeu. - 6,0

Robson: Salvou uma bola em cima da linha no primeiro tempo. Fazia muito bom jogo, entretanto na segunda etapa deu uma furada que quase proporciona um gol e perdeu uma bola no alto para o bom Terans. Grande acerto de Carille em colocá-lo na sobra. - 6,5

Madson: No primeiro tempo, bateu ala com ala e tecve um enfrentamento difícil com o ótimo Abner. Não comprometeu na defesa. Fez o gol da vitória, novamente de cabeça. Cresceu muito, inclusive fisicamente. - 7,5

Balieiro: Quando joga na sua posição e tem que marcar, faz com muita eficiência. Desarmou muito. Tem deficiências no passe. É jovem, pode melhorar. Não pode sair da cabeça da área, porque faz o jogo 'sujo' necessário. - 7,0

Felipe Jonatan: Foi gigante nas roubadas de bola. Deu sustentação no apoio pela esquerda. Um dos melhores da partida. - 7,5

(Sánchez): Não entrou bem. Errou alguns passes. - 6,0

Marcos Guilherme: Com liberdade para correr e levar a bola ao ataque sem tanta responsabilidade na marcação, fizeram com que Marcos Guilherme também tenha sido um dos pilares na vitória. Não só pela assistência maravilhosa a Madson, mas pelo comprometimento com que ajudou na transição. - 7,5

(Pará): Jogou pouco mais de cinco minutos. - SEM NOTA

Lucas Braga: Apoiou muito bem e não comprometeu na marcação. Sacrificado no esquema como ala, mas eficiente. - 6,5

Ângelo: Tomadas de decisões erradas, normal para um jovem de 16 anos. Primeiro tempo bem abaixo e na segunda etapa, uma leve melhora. Tem que ter paciência pois ainda é um menino. - 6,0

(Moraes): Entrou para segurar a bola e fazer o tempo passar. - 6,0

Tardelli: Não erra um passe, acompanhava o volante adversário na ,marcação e uma visão e leitura tática do jogo, incomum nos dias atuais. Quando ele saiu, chamou a defesa adversária para o campo do Santos. Entretanto, já não rendia mais com o mesmo potencial físico. - 7,0

(Raniel): Sem ritmo. Muita vontade, mas mal conseguia prender a bola na frente. - 5,5

Técnico: Fábio Carille: Acertou ao colocar Luca Braga de ala e Róbson Reis como zagueiro da sobra. Também mandou bem ao plantar Balieiro na cabeça da área. Errou ao sacar Marcos Guilherme do jogo, era o motorzinho. Tardelli também não podia ter saído do time, mas esse dá para entender, porque o mesmo já não tinha a mesma capacidade física. - 6,5

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