Publicado às 07h10 desta sexta-feira, 9 de julho de 2021. |
Após vender o quarta-zagueiro Luan Peres ao Olympique de Marselha da França, o Santos já solicitou ao Náutico, o retorno do zagueiro Wagner Palha. Os pernambucanos já estão cientes , e inclusive, não devem colocar o jogador em campo contra o Goiás, nesta sexta-feira (9). Como detentor dos direitos econômicos do jovem jogador, o alvinegro tinha esse direito. O pedido da volta do defensor canhoto partiu do técnico Fernando Diniz.
A gestão recentemente eleita está com uma política de austeridade financeira e com uma dívida de R$ 600 milhões, sendo metade a curtíssimo prazo, para diminuir. Não há outro caminho ao clube a não ser a de revelar atletas e tentar realizar boas vendas.
Luan custou ao Peixe quase R$ 20 milhões no começo deste ano, em uma negociação onde os belgas do Brudge, aceitaram um extensão de empréstimo no fim do ano passado, com uma garantia de compra, se o clube avançasse a final da Libertadores do ano passado que terminou em janeiro de 2021, o que de fato aconteceu.
Nos bastidores do clube da França, comenta-se que o montante total para adquirir Luan foi de 4,5 milhões de euros (R$ 28 milhões), porém, o Santos só tem 70% dos direitos econômicos, ou seja, pouco mais de R$ 19,6 milhões. O clube não se manifestou até este instante, se os belgas, donos de 30%, abriram mão de um algum percentual para a equação do negocio se concretizar, e com isso, o alvinegro ficando com um valor um pouco maior do que tinha direito em contrato.
Thuler também foi para a França |
A verdade é que o Santos só adquiriu Luan Peres nos valores que se responsabilizou a pagar, pois não tinha condições de reforçar o time com o 'transferban' para a final da Libertadores de 2020, realizada no fim de janeiro de 2021. Então já que não poderia reforçar, manteve pelo menos os titulares para a decisão.
Em paralelo a tudo isso, a administração santista costurou um acordo com a Doyen, pois as contas do clube estão bloqueadas desde janeiro, por falta de pagamento ao fundo maltês. Em 2020, o Peixe devia 5 milhões de euros, a última parcela do acordo. Por falta de pagamento, o montante voltou para o valor principal - 15 milhões de euros.
Especula-se que as partes estão fechando uma nova negociação em torno de 7,5 milhões de euros a serem pagos em três anos, acordo que teve início no fim do ano passado e na oportunidade, estava sendo planejada para pagar semestralmente, após o clube conseguir judicialmente que se excluísse a multa de 10 milhões de euros, imposta no contrato original por ser leonina.
Palha está de volta. |
O clube tinha outro ativo Sabino, mas a direção atual classificou como alto os valores da renovação do contrato do atleta, no fim do ano passado. Os vencimentos mensais ultrapassavam os R$ 200 mil de salários mensais, mais comissões. Virou uma guerra política a manutenção do jogador na Vila e ao contrário do seu novo clube, que está mal classificado na tabela do Brasileirão, Sabino faz bom campeonato pelo Sport. Poderia ser a solução para a quarta-zaga neste instante, mas infelizmente, não será.
Como eu sempre digo que Santos e dinheiro não cabem na mesma sentença, há algum tempo e o clube tenta se equilibrar, em meio a dívidas que parecem infindáveis, calcado naquilo que se tornou o maior ativo do clube nos últimos anos - a base. E paralelamente a isso, apagando um incêndio ou mais por semana.
Claro que a gestão de produzir jogador e somente vender, muitas vezes não tendo nem o ganho técnico, como Rodrygo, que precocemente deixou a Vila não é a melhor das soluções, mas com mais de meio bilhão de dívida, a maior da história do clube, com R$ 277 milhões a curto prazo, não tem muito o que fazer a não ser adotar essa prática, por algum tempo, ainda.
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