Publicado às 09h desta quarta-feira, 6 de Maio de 2020. |
A Federação Paulista de Futebol apresentou nesta terça-feira (5), o protocolo com propostas para acelerar a volta do futebol no Estado e a disputa das rodadas que restam para o complemento do Campeonato Estadual ao governador João Dória Jr. Entre as propostas apresentadas, duas chamam bastante a atenção: o confinamento de atletas, árbitros e staff das partidas até o final do torneio, como acontece na copa do mundo, com testes constantes do Covid-19, além da possibilidade de os jogadores atuarem com uniformes de mangas compridas e luvas.
A reunião entre a Federação e os clubes da última segunda-feira (4), feita através de vídeo-conferência, não definiu nenhuma data para a volta dos clubes aos treinos no Estado.
Com o aumento do número de casos e e mortes por conta da Pandemia, não está descartado a extensão da quarentena no Estado e isso pode atrapalhar a tentativa de retomada do Paulistão. O Governador deve se manifestar na próxima sexta-feira (8) e vai divulgar se seguirá com o isolamento social ou haverá flexibilização,a partir da próxima segunda-feira (10).
Mesmo que a competição seja retomada, nenhuma partida terá presença de torcida, nem mesmo a grande final. O objetivo é evitar aglomerações. O uso de máscara para quem não está em campo também será obrigatório. Até mesmo os atletas que ficarem no banco de reservas e o delegado da partida serão obrigados a utilizar a proteção de tecido nos rostos.
O documento encaminhado ao Palácio dos Bandeirantes foi assinado pelo ortopedista Moisés Cohen, presidente do Comitê Médico da FPF. Ele tem ao todo, nove páginas.
“Encaminhamos uma recomendação da FPF para aos clubes. Cabe a cada um deles acatar dependendo de acordo com sua realidade. Todos os responsáveis pelos departamentos médicos das equipes que disputam o Campeonato Paulista já se manifestaram favoravelmente às medidas.” garantiu o profissional de medicina.
Até a possibilidade de se evitar comemoração dos gols deverá ser sugerido,pois aumenta a exposição ao risco de contaminação.
O retorno aos treinos após a paralisação no fim da primeira quinzena de março deverá ser escalonado. Os jogadores treinarão de forma individual em uma primeira etapa. Após alguns dias, as atividades serão divididas em pequenos grupos e após três semanas, o elenco poderá treinar junto, com a possibilidade de treinos coletivos, desde que seja obedecido alguns cuidados especiais.
Se por ventura algum jogador ou membro da comissão técnica testar positivo para o novo coronavírus, será automaticamente afastado e ficará em isolamento por duas semanas, sendo acompanhado pelo departamento médico da agremiação e os demais jogadores também deverão realizar novos exames para evitar uma possível disseminação da doença.