OLIVEIRA RELEMBRA GOL DO TÍTULO HÁ QUATRO ANOS E AFIRMA QUE O FUTURO A DEUS PERTENCE

Publicado às 10h45 deste sábado, 9 de maio de 2020.
No dia em que o Santos completou quatro anos de seu título mais recente, o estadual de 2016, recebemos como convidado de nosso canal no youtube para uma entrevista EXCLUSIVA, o atacante Ricardo Oliveira autor do gol que deu o 22o. título Paulista ao Peixe diante do Audax, na Vila Belmiro. O 'pastor-artilheiro' que se transferiu ao Atlético-MG, no começo de 2018, não havia feito 'live' com nenhum veículo de comunicação e estava sem falar durante toda a quarentena. O especialista em balançar as redes adversárias falou por aproximadamente uma hora sobre diversos assuntos. 

O primeiro dos temas abordados, não podeira ser diferente, o gol do título do estadual 2016. De lá para cá, o alvinegro da Vila vive seu maior jejum desde 2002. São quatro anos sem dar uma volta olímpica.
"Eu estava em lágrimas (quando acabou o jogo), porque não era só o final com o título. Foi tudo que antecedeu a isso. Eu não treinei nenhum dia na semana. Tive dores, problemas, fiz fortalecimento com fisioterapeutas, sem sobrecarregar o joelho, porém me lembro de todos os vídeos que o Dorival passou, e eu participei de todos. Eu só disse ao Dorival, professor deixa eu decidir, mas eu gostaria de ajudar o time dentro do campo. No aquecimento ainda era dúvida e eu disse, vamos embora. Toquei uma única vez na bola com chute ao gol e aconteceu aquilo." relembrou.
O camisa 9 que foi o artilheiro do Peixe durante aquela edição de estadual, relembrou do seu reserva imediato que estava pronto para jogar. Oliveira completou 40 anos na última quarta-feira e fez um trocadilho durante o bate-papo.
"Quarentou na quarentena (risos). Lembro que o Joel treinou a semana toda. Mas deu tudo certo e é um carinho relembrar esse momento." disse.
Perguntado se volta ao Peixe e se gostaria de encerrar a carreira na baixada, o jogador que tem 92 gols pelo time da Vila, desconversa e afirma que não tem o direito de escolher qual será seu último clube como atleta profissional. 
"Eu não posso falar que gostaria de encerrar aqui ou ali. Depois vamos ver o que vai acontecer. (Marcar 100 gols pelo Santos)É um número bem legal. Vou completar 20 anos de carreira profissional (em setembro). e tenho alguns objetivos estabelecidos de atingir 400 gols na carreira." afirmou.
Desde que retornou  do mundo árabe há cinco anos, Oliveira foi artilheiro dos clubes que jogou - Santos e Atlético-MG.
Oliveira também disse durante a entrevista que ficou surpreso com a informação que saiu na imprensa mineira de que está fora da lista de atletas do Atlético-MG que realizarão testes de covid-19, na próxima semana e automaticamente fora dos planos do técnico Sampaoli. O jogador reforçou que tem contrato e pretende cumpri-lo integralmente:
"Hoje fui surpreendido com uma situação, todo mundo ficou sabendo que saiu na imprensa toda, mas ainda assim meu presente hoje é o Atlético, pois tenho contrato até o final de dezembro e é o que eu penso, não como planejamento familiar, bem como planejamento profissional. Assinei um contrato de três anos e eu estou cumprindo. Meu futuro está nas mãos de Deus e não sei o que vai acontecer" afirmou durante a 'live'.
Quando vai parar? Ricardo não quer nem ouvir falar disso e conta o que ouviu de Cafú, quando atuaram juntos no Milan-ITA, na década passada: 
"Pode ser o ano que vem, pode ser no seguinte. Eu aprendi com o Cafu e jogamos com jogador de 42 anos, lá no Milan. Cafu me chamava de garoto, sempre. Nunca fale com quantos anos você vai parar. Quando você fala, você se condiciona. Deixa o corpo se comunicar, a mente dizer e se as lesões permitirem, você ir adiante. Vou esperar passar esse ano e ver como fica. Não estabeleci se vai ser o ano que vem. Viver o hoje intensamente." disse.
Ricardo Oliveira tem 92 gols pelo Santos em duas passagens - 2003 e 2015 a 2017.
Questionado da sua saída mais recente do Santos, em 2017, o artilheiro afirmou que desejava ficar, mas não foi possível, porém, ressalta que o importante foi ter cumprido o contrato, algo que ele afirma que sempre foi prioridade na carreira:
"Na verdade, eu sempre procurei ser fiel aos meus contratos e com o Santos, fizemos um acordo de três anos e eu cumpri (inicio de 2015 ao final de 2017). Óbvio que gostaria de ter ficado, mas não foi possível permanecer. Agradeci o clube pela oportunidade e fui trilhar outros caminhos. Nós conversamos para tentar estender, mas não é uma decisão unilateral, não foi possível atender um ou outro, mas confesso que não houve arrependimento que foram anos maravilhosos, com três anos artilheiros consecutivos, voltei a ser convocado a Seleção Brasileira prestes a completar 36 anos. Até hoje recebo mensagens de carinho dos torcedores de todos os clubes e também do Santos. Isso demonstra o carinho e o respeito que você tem." garantiu.
O Pastor elegeu a rivalidade diante do Palmeiras como os grandes jogos na sua segunda passagem pelo Santos:
"Os jogos com o Palmeiras foram bons né (risos). Teve o jogo contra o São Paulo que vencemos por 3 a 1 e fiz dois gols na semifinal da Copa do Brasil. Fizemos jogos incríveis na Vila. Aquela época a rivalidade era tensa (com o Palmeiras), um jogo atrás do outro o clima de provocação. Ficou marcado."
Sobre a troca de 'farpas' com Fernando Prass, Oliveira disse que fora das quatro linhas nunca existiu:
"A rivalidade com o Fernando sempre ficou dentro do campo. A emoção, o calor do jogo. Em alguns momentos a intensidade era alta, mas nunca deixamos de nos cumprimentar, antes do jogo. Cada um defendia o seu e depois vida que segue e não ficou nenhum tipo de problema." confidenciou
Quase no final da live, o centroavante lembrou de um bordão que eu sempre usei nas transmissões em que participei e disse que ficou marcado e até hoje outros profissionais utilizam - "Ricardo Oliveira é meu pastor e gols não me faltarão." relembrou.
"O gol tá no sangue. Como eu gostava disso (ouvir o bordão). Muito legal. Isso ficou, pegou. Até hoje me mandam essas mensagens." afirmou.
Ricardo 'cava' em cima de Prass do Palmeiras
Quais foram os gols mais bonitos com o manto santista, o jogador elegeu dois:
"Tem alguns bonitos, mas vou ficar com o gol contra o Audax no Pacaembu que eu dou um chapéu no Felipe Alves. A dificuldade da jogada quando faço o facão, eu acompanho a bola e eu tenho que tomar a decisão rápida. O segundo gol foi a cavadinha no Palmeiras contra o Fernando Prass (risos)."
O atacante colocou dois jogadores formados no alvinegro em sua seleção dos maiores com que jogou. Chamou Neymar de fora de série e encheu Robinho de adjetivos. O 'pedalada' e o camisa 9 atuaram juntos nas duas passagens pelo Peixe.
"Robinho o que fez em 2003 era surreal. Ele era muito magrinho e o que ele foi aplaudido em quase todos os estádios, principalmente em Cali, foi um absurdo. Um dos melhores parceiros que eu tive em 20 anos de carreira." finalizou.

strutura.com.br

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