Publicado às 23h40 deste sábado, 14 de março de 2020. |
O Santos, por enquanto, é o único a time a perder clássicos na fase de classificação do Paulistão. O alvinegro saiu na frente, levou a virada e perdeu por 2 a 1 do São Paulo, no Morumbi, sem público, em razão da orientação do Ministério da Saúde em virtude da pandemia do novo Coronavírus, válida (por enquanto) somente para a capital paulista. O gol do Santos foi de Arthur e os dois do tricolor foram de Pablo, que não marcava desde janeiro. O último gol do jogador que entrou no segundo tempo e marcou os gols que definiram o resultado foi na estréia do time paulistano, diante do Água Santa.
Conforme o Blog do ADEMIR QUINTINO informou nas primeiras horas da manhã de sexta-feira (13), Sasha foi vetado com dores na região lombar e Marinho, apesar de voltar a treinar com bola, não seria relacionado e tudo se confirmou. A dúvida Kaio Jorge, com edema no pé esquerdo também não ficou à disposição e com todos esses desfalques, somados ao goleiro Vladimir, com dores em uma das costelas e Raniel que se recupera de dores no joelho, a escalação de Jesualdo veio sem surpresas com Arthur pelo lado direto e Yuri Alberto como comandante do ataque.
O primeiro tempo do Santos foi típico de times portugueses. A cara de seu treinador, bem conservador. Uma linha de quatro na defesa, com três volantes no meio campo, transição através da bola longa e boa marcação.
O clássico era morno, mas o São Paulo já havia finalizado ao gol cinco vezes e o Santos nenhuma, quando Arthur recebeu de Sánchez, tocou de calcanhar e foi dentro da área para chutar, após toque de Pará e abrir o placar. O Peixe não tinha a posse de bola, mas tinha sido eficaz dentro da sua propositura. Um futebol não vistoso, mas que conseguia o resultado, até que um minuto antes de encerrar o primeiro tempo, o volante Jobson acertou Daniel Alves e foi expulso.
Com um homem a menos, Jesualdo não fez alterações no time, porém recuou Pituca para a cabeça da área. Já Fernando Diniz abriu Pablo na vaga do zagueiro Bruno Alves e alugou o campo santista.
Nem precisou de muito tempo. Aos sete minutos, o Santos sofrer o quarto gol seguido de bola parada no ano. Cruzamento da esquerda, o goleiro Everson falha e Pablo empatava o jogo.
O alvinegro dependia somente das escapas de Soteldo, que sozinho pouco podia fazer e fazia uma jornada pouco inspirada.
Jesualdo resolveu colocar um segundo lateral-direito - Madson.
Aos 20 da segunda etapa, nova bola parada, desta vez de escanteio, entretanto o balão foi de um lado para o outro, até Pablo na pequena área, cabecear e virar o placar. Ali, o destino da partida estava selado.
O treinador português ainda tentou com Evandro na vaga de Sánchez e Taílson na de Soteldo que saiu cuspindo fogo, mas com um a menos e pouca criatividade, era só esperar o apito final e colecionar a terceira derrota na temporada.
Era a oportunidade para carimbar a quarta vitória seguida na temporada e mais que isso, se firmar com confiança em uma possível crescente.
No próxima sábado (21), em Barueri, o time faz seu penúltimo jogo pela fase de classificação diante do bom time do Santo André. Sasha que fez muita falta, Marinho que não joga desde a primeira rodada e se recupera de lesão no pé, além de Kaio Jorge e Raniel podem ser opções do técnico santista.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 X 1 SANTOS
Estádio do Morumbi - São Paulo (SP)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira
Cartões amarelos: Tchê Tchê, Arboleda, Pablo (SPFC); Jobson, Arthur(SFC)
Cartões vermelhos: Jobson 45'1ºT
GOLS: Arthur 29'1ºT (0-1) , Pablo 7'2ºT (1-1) e 20'/2ºT (2-1)
SÃO PAULO: Lucas Perri; Juanfran, Arboleda, Bruno Alves (Pablo, intervalo) e Reinaldo; Tchê Tchê, Daniel Alves e Igor Gomes (Hernanes, 36'/2ºT); Vitor Bueno, Antony e Pato. Técnico: Fernando Diniz.
SANTOS: Éverson; Pará, Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan; Jobson, Sánchez (Evandro, 24'/2ºT) e Pituca; Arthur, Soteldo (Tailson, 28'/2ºT) e Yuri Alberto (Madson, 16'/2ºT). Técnico: Jesualdo Ferreira.
Jóbson fazia bom jogo, mas após entrada dura em Daniel Alves foi expulso. |
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Éverson: Fazia uma boa partida, mas comprometeu sua performance ao sair do gol e falhar no primeiro gol do São Paulo. - 4,5
Pará: Iniciou a jogada e deu bela assistência no gol de Arthur. - 6,5
Lucas Veríssimo: No segundo gol tricolor, a bola passou várias vezes na grande área e nem ele, nem seu companheiro conseguiram tirar. - 5,0
Luan Peres: Também fazia bom jogo, mas no segundo gol do mandante, a exemplo de seu companheiro de setor, não conseguiram evitar as constantes viagens na bola aérea. - 5,5
Felipe Jonatan: Fez ótimo primeiro tempo, tanto na marcação como no apoio. Roubou a bola que deu início ao gol de Arthur. No segundo tempo, com o Santos recuado, limitou-se a marcar. - 6,5
Jobson: Fazia boa apresentação, mas exagerou na pancada a Daniel Alves e já tinha amarelo. Sentiu bastante a expulsão. Por ter apenas 24 anos e seu primeiro clube grande como jogador profissional, tenho convicção que vai aprender. - 4,0
Sánchez: Errou muitos passes. Mas erra também muito porque é o único que acelera o jogo. Participou da jogada do único gol santista na partida. - 6,0
(Evandro): Apesar de 20 minutos em campo, pouco a bola chegou em seus pés para tentar algo. O destino da partida estava selado. - SEM NOTA
Pituca: Ajudava a marcação pela esquerda. Com a expulsão de Jóbson, veio para a cabeça da área. - 5,0
Arthur: Fez sua melhor partida na temporada. Participou do gol, não só na conclusão da jogada, como também no nascimento do lance com um toque de calcanhar que matou o ala Reinaldo. No segundo tempo, caiu junto com o time. - 6,5
Soteldo: Sacrificado com o esquema imposto por Jesualdo. Ainda assim, pouco conseguiu vencer o veterano Juanfran no um contra um. Foi substituído e não gostou. - 5,5
(Tailson): O jovem que menos recebeu chances com Jesualdo também pouco pode aparecer, porque o São Paulo com um a mais e o placar garantido, tocava a bola e fazia o tempo correr. - SEM NOTA
Yuri Alberto: Voluntarioso. Correu e ajudou bastante, mas sem produtividade ofensiva. - 5,0
(Madson): Como tem bom arranque, entrou para dar uma segurança maior na ajuda a Pará e fazer o corredor pela direita. Só teve uma única chance no fim da partida e ainda assim, sozinho, perdeu a bola. - 5,0
Técnico: Jesualdo Ferreira: Sua estratégia dava certo de marcar o São Paulo, mesmo abdicando de atacar e só contra-golpear. Prejudicado na expulsão, mas quando precisou do treinador, foi outro insucesso. Substituiu apenas peças e muito mal, por sinal. Independente do resultado, não abre mão do único esquema que atua e deixa a impressão que não tem criatividade para alterar a forma de jogar durante a partida. - 4,5