QUARTA DERROTA SEGUIDA E FIM DO SONHO DA LIBERTADORES

Publicado às 21h04 deste domingo, 18 de novembro de 2018.
O sonho de um objetivo maior no final da temporada terminou para o Santos. O Peixe perdeu pela quarta vez consecutiva na competição. Desta vez, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, para o América-MG, por 2 a 1. O 'Coelho' não vencia há 11 jogos. O Alvinegro vai cumprir tabela nos três últimos jogos que lhe restam diante do Botafogo-RJ, Atlético-MG e Sport-PE. Depois de uma recuperação surpreendente, a equipe derrapou nos jogos finais, em sua pior sequência na temporada e apesar de ainda ter remotas chances matemáticas, perde a chance de disputar a Libertadores do ano que vem.

O técnico Cuca novamente preferiu escalar a equipe com uma improvisação na defesa. Sem Lucas Veríssimo e Luiz Felipe no departamento médico e os estrangeiros Bryan Ruiz, Sánchez e Derlis nas suas respectivas seleções, Alison foi recuado para a zaga e Guilherme Nunes entrou na cabeça da área. O atacante Rodrygo foi improvisado como armador e Copete ganhou mais uma chance na frente. 

O primeiro tempo do Santos foi ruim no aspecto técnico. Pouca coisa deu certo. Ainda assim, o time foi para o intervalo com o empate. Os donos da casa abriram o placar com Rafael Moura e o time da Vila chegou ao empate, após Copete roubar a bola, cometer falta (não marcada pela arbitragem) e na sequência da jogada, Gabriel Barbosa, artilheiro do campeonato, marcar o seu 17o. gol no torneio. 

Vou repetir uma frase que usei no post anterior, 'Não existe nada ruim que não possa piorar'. Se o primeiro tempo do Santos foi péssimo, o segundo foi ainda pior. A confiança que já não era grande foi embora definitivamente e a bola queimava no pé dos atletas. Parecia um 'catadão'. 

O Santos deu a bola para o América Mineiro jogar e nem o contra-golpe conseguia acertar. Parecia o time de Jair Ventura, que deu raiva no primeiro semestre. Era questão de tempo para o gol dos mineiros sair, o que efetivamente aconteceu com Matheusinho. Entretanto, ao contrário do jogo contra o Palmeiras, quando o time demonstrou poder de reação, a equipe aceitou passivamente o resultado.

Apesar de ainda restarem três jogos, foi uma temporada que não deixará saudades. O time não conquistou títulos e tampouco a vaga a Libertadores 2019 que chegou a ser uma realidade após uma arrancada após a Cuca assumir como técnico. 

Um time da grandeza do Santos, que fazia um segundo turno excelente, não pode perder seis pontos para o América-MG em um campeonato e ser derrotado em casa para a Chapecoense, em um momento decisivo.

O Santos em 2018 ficou várias rodadas na zona de rebaixamento, perdeu a classificação na Libertadores deste ano por erro de inscrição, sem ter sofrido um gol sequer nas oitavas de finais, não pode usar três reforços contratados há tempo de serem utilizados nas quartas de final da Copa do Brasil, diante do Cruzeiro.

Também teve erro de planejamento. Se livraram de David Braz com o argumento de diminuir a folha salarial (o Santos não recebeu pelo empréstimo do beque), com a convicção que três zagueiros dariam conta do recado (não contavam com a ascensão de Bambu ainda) e na fase decisiva, precisaram de mais um defensor em razão de lesões de dois deles e nos últimos jogos, jogadores tiveram de ser improvisados na função. 

Citei no parágrafo anterior, alguns equívocos do segundo semestre, já que tivemos Executivo de futebol por apenas 45 dias- Gustavo Vieira, depois um longo período sem contratar um novo, até o desembarque de Ricardo Gomes, que pediu demissão em menos de 90 dias, para ir para a França e a contratação do técnico Jair Ventura, que também demorou para sair (somente após a Copa do Mundo), com convicções que não são compatíveis com a proposta santista em sua história.

Sem dinheiro para grandes contratações (os 50% de Rodrygo já foram utilizados no fluxo de caixa e na aquisição de reforços como Sánchez e Ruiz), o clube não terá grande poder de investimento. Vai ter que ser cirúrgico nas apostas que vai realizar.

O técnico Cuca assumiu a culpa pela má performance da equipe.

FICHA TÉCNICA
AMÉRICA-MG 2 x 1 SANTOS
Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA)
Cartões amarelos: Norberto, Zé Ricardo, Rafael Moura e Christian (AME) e Bruno Henrique (SFC).
GOLS: Rafael Moura (aos 30'/1T) (1-0), Gabriel Barbosa (aos 45'/1) (1-1) e  Matheusinho (aos 19'/2T) (1-2)
AMÉRICA-MG: João Ricardo, Norberto, Messias, Matheus Ferraz e Carlinhos (Giovanni, aos 28'/2T); Juninho, Zé Ricardo e Matheusinho (Christian, aos 32'/2T); Ademir (Aylon, aos 16'/1T), Luan e Rafael Moura. Técnico: Givanildo Oliveira
SANTOS: Vanderlei, Victor Ferraz, Alison, Gustavo Henrique e Dodô; Guilherme Nunes (Renato, aos 9'/1T), Diego Pituca e Bruno Henrique (Arthur, aos 22'/2T); Copete (Sasha, aos 28'/2T); Rodrygo e Gabriel Barbosa Técnico: Cuca.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Vanderlei: Sem culpa em nenhum dos gols. Fez uma grande defesa na primeira etapa. - 6,0
Victor Ferraz: Não foi tanto a frente. Ficou mais guardando a posição. - 5,0
Alison: Improvisado. Se mandou algumas vezes para frente, mas não comprometeu. - 5,0
Gustavo Henrique: No primeiro gol não conseguiu desviar a bola que foi concluída por Rafael Moura e no segundo do adversário teve a infelicidade da bola ser desviada em seu corpo. - 4,0
Dodô: Tecnicamente bem abaixo. Não apoiou e fez algumas faltas por não conseguir antecipar ou marcar com precisão. - 4,5
Guilherme Nunes: Jogou apenas nove minutos. Também teve a infelicidade de se lesionar e teve de ser substituído. - SEM NOTA
(Renato): Fez o simples da função. Marcou e deu passes curtos. - 5,5
Pituca: Não teve uma das suas melhores atuações e ainda assim, foi um dos poucos que escaparam da péssima jornada. No primeiro gol, também não conseguiu impedir o avanço do ataque do time mineiro. - 5,0
Bruno Henrique: Deu belo cruzamento no gol de Gabriel Barbosa. Dos últimos jogos, foi o que melhor atuou, mas longe do atacante referência que foi em 2017. Saiu com uma lesão no joelho preocupante. Vai realizar exames médicos para saber a gravidade. - 6,0
(Arthur): Não conseguiu dar a velocidade que o time precisava pelo lado do campo. - 5,0
Copete: Jogador de muita força, mas com pouca habilidade, fez uma única jogada na partida. A do gol santista. Brigou e cometeu falta no lance, mas a arbitragem não anotou. - 5,0
(Sasha): Jogou menos de 20 minutos. Pouco pegou na bola. - SEM NOTA
Rodrygo: Irreconhecível. No segundo tempo, alguns passes curtos. É apenas um menino de 17 anos que vai oscilar. Seu talento é indiscutível. Começou improvisado de armador, depois foi deslocado para as beirados. - 4,5
Gabriel Barbosa: Fez o que se espera dele, o gol. Ainda deu um belo chapéu no lado esquerdo do campo. - 6,5
Técnico: Cuca: Preferiu improvisar na zaga. Ficou com receio de queimar o jovem Kaique. Não teve sucesso na tentativa de reanimar o grupo que veio pior do vestiário, após o intervalo. - 4,5

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