FIM DA ERA VENTURA NA VILA

Publicado às 14h00  desta segunda-feira, 23 de Julho de 2018.
Jair Ventura não é mais técnico do Santos. O treinador deixa a Vila Belmiro após 39 jogos no comando da equipe. Nesse período teve mais derrotas (15) do que vitórias (14), além de outros 10 empates. 

Sob o comando do carioca que dirigiu o Botafogo, nas duas últimas temporadas, foram sete meses em que o alvinegro deixou de lado o futebol ofensivo, tentou empregar o jogo 'reativo', mas a equipe jamais conseguiu demonstrar padrão e organização. O último jogo do Santos sob o comando do treinador foi o empate em 0 a 0, diante da Chapecoense.

O treinador já era para ter sido trocado antes da pausa para o Mundial, para que o seu sucessor tivesse tempo de treinar a equipe. Em razão do clube pagar multas de outros treinadores que o antecederam e para não ter mais uma para pagar, a direção manteve Jair no cargo.

Porém, com apenas 44% de aproveitamento; um ponto da zona de rebaixamento no Brasileiro, resultados pífios e derrotas contra adversários de menor expressão como Bragantino, Novorizontino, São Bento, Real Garcilaso, Luverdense, classificação nas quartas de finais, após dois empates em 0 a 0  e apenas nos pênaltis avançou a fase seguinte diante do Botafogo-SP, a maior goleada sofrida na história para o Grêmio (1x5), um mísero gol nos últimos quatro jogos depois do Mundial da Rússia e três empates dos últimos 12 pontos disputados, no segundo semestre (sendo dois jogos em amistosos no México), a pressão ficou maior do que já estava e a demissão era questão de tempo.

O comandante técnico do Peixe em 2018, utilizou-se de vários argumentos para se manter no cargo. Primeiro, poupou a direção e não reclamava de reforços. Com os resultados ruins se acumulando e a opinião pública exigindo a sua saída, precisava de um discurso e o primeiro foi a falta de um 10. Pós-Copa, falou da ausência de um camisa 9 e no final, disse que aguardava o dinheiro, vindo da venda de Rodrygo, para que o clube lhe desse os reforços necessários. 

Ventura nunca teve a humildade de reconhecer que foi incapaz de fazer uma equipe competitiva, pois o Santos tornou-se uma caricatura de um time de futebol em suas mãos. O filho do furacão da Copa de 70, não deixará saudades do seu trabalho na Vila, tampouco um legado ao seu sucessor.

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