QUATRO DERROTAS EM CINCO JOGOS

Publicado às 08h45 desta sexta-feira, 17 de novembro de 2017.
O fim da temporada não está nada para Peixe. Em partida válida pela 35a. rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena Fonte Nova, o Santos perdeu pela terceira vez seguida, desta vez para o Bahia por 3 a 1. Nos últimos cinco jogos foram quatro derrotas (São Paulo, Vasco, Chapecoense e Bahia) e apenas uma vitória. O gol santista na boa terra foi de Bruno Henrique.

O interino Elano mandou o Santos com três alterações em relação ao fiasco da última segunda-feira (13) diante da Chapecoense. Jean Mota começou pela ala-esquerda e Victor Ferraz retornou a direita. David Braz voltou a zaga, recuperado de edema e Bruno Henrique após cumprir suspensão automática regressou ao ataque.

Por incrível que possa parecer, os primeiros 45 minutos do Peixe, não foram ruins. Na base do contra-ataque, o time explorava bem, principalmente a velocidade de Bruno Henrique. Se não era um primor de apresentação, era um oásis em relação aos dois últimos jogos. Em um desses contra-golpes, o zagueiro David Braz curtindo uma de ponta, cruzou da direita e encontrou o camisa 27 santista na pequena área, que abriu o marcador aos 17 minutos.

Dez minutos depois que o alvinegro abriu a contagem, Lucas Veríssimo cometeu o segundo pênalti seguido dele. O camisa 28 já tinha cometido penalidade máxima na rodada passada na Arena Condá em Chapecó e com isso, os baianos empataram com Mendoza. Este resultado permaneceu até o fim da primeira etapa. O time que tinha a segunda melhor defesa da competição, entretanto, nos últimos cinco jogos, o setor levou 10 gols, média de 2 gols por jogo, incompatível para a grandeza do clube.

Bastou o árbitro Sandro Meira Ricci apitar o inicio da etapa complementar e os problemas do Santos aumentaram. Aos nove minutos, depois de uma bola parada, o Peixe levou um contra-golpe e depois de um cruzamento da direita, Alison tentou mandar a bola para escanteio, mas fez gol contra.

Daí em diante, tendo que propor jogo, a partida praticamente acabou para o time da Vila. Faltava penetração, toques rápidos e com exceção de duas finalizações de Ricardo Oliveira, o time da baixada não dava pinta que reagiria. Como não existe nada ruim que não posso ficar pior, Jean Mota tocou a bola, mas a arbitragem viu penalidade máxima do ala em um atacante baiano. Edigard Junio bateu e colocou a pá de cal, dando números finais a partida.

Mesmo com a segunda penalidade máxima sendo duvidosa, não dá para vir com discurso de vitima e esconder os erros da equipe. O Santos é um time previsível, lento e quando tem de se impor diante do adversário, como terá que ser na próxima rodada, em casa, é um "deus nos acuda". A equipe tem dificuldades enormes, sem conjunto e não demonstra poder algum de reação. O ano passado chegou a perder três jogos seguidos (Coritiba, Figueirense e Internacional-RS), e em 2015, uma sequência de insucessos como essa, custou o cargo de Marcelo Fernandes que foi substituído por Dorival Junior no comando.

Com o resultado e principalmente beneficiado pelos demais placares, o Santos permanece na quarta colocação e estacionou nos 56 pontos. Domingo (20), na Vila Belmiro, sem Lucas Lima suspenso, enfrenta o Grêmio-RS. A vaga direta para a Libertadores, permanece próxima, mas precisa voltar a pontuar. 

Sou contra decisões desesperadas, pouco acrescentam, mas algo precisa ser feito para "ontem". 

FICHA TÉCNICA
BAHIA 3 X 1 SANTOS
Arena Fonte Nova, Salvador (BA)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-SC)
Público/renda: 22.896 pagantes/R$ 478.586,00
Cartões amarelos: Éder, Tiago e Renê Júnior (ECB), Lucas Lima e Jean Mota (SFC)
Gols: Bruno Henrique (16'/1ºT) (0-1), Mendoza (22'/1ºT) (1-1), Alison (contra) (9'/2ºT) (2-1), Edigar Junio (33'/2ºT) (3-1)
BAHIA: Jean; Eduardo (Éder, aos 29'/2ºT), Tiago, Thiago Martins e Juninho Capixaba; Renê Júnior, Juninho (Edson, aos 16'/2ºT) e Allione (Régis, aos 21'/2ºT), Zé Rafael, Mendoza e Edigar Junio. Técnico: Paulo C. Carpegiani.
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz (Luiz Felipe, aos 44'/1ºT), e Jean Mota; Alison, Renato (Yuri Alberto, aos 29'/2ºT) e Lucas Lima; Arthur Gomes (Vladimir Hernández, aos 7'/2ºT), Bruno Henrique e Ricardo Oliveira . Técnico: Elano.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Vanderlei: Sem culpa nos gols sofridos, sendo dois de pênalti. Prefeiru escolher o canto direito e os dois batedores colocaram a bola a esquerda. Fez uma boa defesa durante o jogo em finalização de Zé Rafael.  - 5,5
Victor Ferraz: Longe do ala que apoiava por dentro e tabelava com os meias, proporcionando perigo aos adversários. - 5,0
Lucas Veríssimo: Caiu muito de produção nos últimos jogos. Cometeu um pênalti que podia ser evitado. - 4,0
David Braz: Realizava bom jogo. Deu assistência no gol de Bruno Henrique. Segundo seu companheiro de zaga na entrevista que deu no intervalo, deixou o gramado com uma suspeita de entorse no joelho. - 6,5
(Luiz Felipe): Ainda falta ritmo de jogo e a retomada da confiança após a cirurgia no joelho. No lance do segundo gol, no contra-ataque que o Santos sofreu, não conseguiu voltar com velocidade para o setor. Tem muito potencial. - 5,0
Jean Mota: Atuou melhor na meia, na segunda-feira passada. Deu alguns espaços e foi prejudicado pela arbitragem que deu um pênalti que o atleta, na minha interpretação, não cometeu. - 4,5
Alison: Na má fase que o time se encontra, efetivamente é um dos poucos que se salva. Corre incansavelmente na marcação. Deu azar ao tentar tirar a bola para fora, marcar um auto-gol. - 4,5
Renato: Tem qualidade no passe, mas como o time precisava de intensidade, principalmente quando estava atrás do marcador, o camisa 8 pouco produziu.  - 4,5
(Yuri Alberto): O jovem atacante de 16 anos estreou nos profissionais. Se deslocou, mas pouco foi acionado. Não ficou espetado entre o zagueiros já que Elano manteve Ricardo Oliveira em campo. - 5,5 
Lucas Lima: Foi menos pior que segunda passada, mas muito aquém das qualidades que o jogador já demonstrou possuir, mas menor do que ele acha que tem. Não produziu nenhuma jogada perigosa. Recebeu o terceiro cartão amarelo e fica fora diante do Grêmio-RS. - 4,5
Arthur Gomes: Não conseguiu levar perigo pelo lado direito do ataque. - 4,5
(Vladimir Hernández): Ainda não justificou o investimento feito pelo clube. Sempre jogou em times intermediários da Colômbia, nunca em um gigante de seu país. Estreou com gol de bicicleta diante do frágil time marroquino do Kenitra e nunca se firmou na equipe santista. Entrou para ser uma opção de contra-ataque no "cabalístico" sétimo minuto, mas teve atuação apagada. - 4,0 
Bruno Henrique: Se o Santos ainda permanece no G-4, deve-se muito as suas assistências e seus gols. Ao lado de David Braz, os únicos com atuações razoáveis na noite. - 7,0 
Ricardo Oliveira: Finalizou pouco. - 5,0
Técnico: Elano: Armou o time para explorar a velocidade de Bruno Henrique no contra-golpe. Colocou o jovem centroavante Yuri no segundo tempo, mas o jogador que estreava, ficou com poucas funções no jogo, já que é de área e com Ricardo Oliveira em campo, teve dificuldades de encontrar seu melhor posicionamento. A equipe necessitava de alguém que oferecesse assistência aos finalizadores. Tentou Hernandez pelo lado, na vaga de Arthur para contra-atacar, mas tomou o segundo gol, dois minutos depois. - 4,0

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