Publicado às 23h27 desta segunda-feira, 13 de novembro de 2017. |
O Santos perdeu a segunda partida seguida no Campeonato Brasileiro. Desta vez, na Arena Condá, no Sul do país, diante da Chapecoense por 2 a 0. Os primeiros 45 minutos do Peixe foram horríveis e incompatíveis para quem está no G-4 da competição desde a 12a. rodada. Com os outros resultados da rodada, o alvinegro caiu para a quarta colocação da competição e estacionou nos 56 pontos.
Sem Bruno Henrique suspenso e David Braz lesionado, Elano ganhou mais um problema de última hora. Caju com fortes dores na perna esquerda foi vetado e não viaja para Salvador com o restante da delegação. O lateral-esquerdo embarca para a Baixada Santista onde realizará exames. Com isso, Victor Ferraz foi improvisado do lado canhoto e Daniel Guedes entrou na ala-direita. No meio-campo, o técnico interino preferiu entrar com três volantes e Lucas Lima um pouco mais próximo da ponta-direita.
O primeiro tempo do Santos foi de uma caricatura mal feita de um time de futebol. A equipe não criou absolutamente nada e o goleiro da "Chape" Jandrei, foi um expectador de luxo. Não bastasse isso, o time da casa saiu na frente em um pênalti cometido por Lucas Veríssimo, após colocar a mão na bola, bem convertido por Wellington Paulista, mais um para entrar na lei do ex (o centroavante atuou na década passada no alvinegro).
Veio a segunda etapa. Elano não mexeu de cara, entretanto, aos 7 minutos trocou Lucas Lima por Jean Mota e o time melhorou um pouco. O camisa 39 apareceu do lado direito e tabelou algumas vezes com Daniel Guedes e Serginho e foram alguns minutos em que o time da Vila jogou um pouco melhor. Por ironia do destino, quando o Peixe parecia que ia começar a oferecer perigo contra os catarinenses, em um contra-ataque, Wellington Paulista recebeu sem marcação e cruzou para Arthur que fechou a conta da partida.
Para um time que até duas rodadas atrás lutava diretamente pelo título, mesmo após muitos tropeços, chegou a irritar a apresentação santista. O time não conseguiu ultrapassar as linhas de um time mediano como a da Chapecoense. Não teve compactação, aproximação, infiltrações e jogadas de velocidade. Após a derrota em casa para o Vasco, os torcedores esperavam uma apresentação mais convincente e uma resposta do elenco, o que efetivamente não aconteceu.
Na quinta-feira (16), o Peixe joga no nordeste, diante do Bahia, que melhorou bastante após a chegada de Paulo César Carpegiani no comando. Mais uma parada indigesta e mais uma oportunidade do elenco reagir após mais uma apresentação abaixo da crítica. Para um time que foi apontado pelo conjunto de três anos jogando junto, como um dos três melhores do país no começo da temporada, o ano está se encerrando bem distante do que se esperava. Um clube com a grandeza do Santos, não pode terminar o campeonato dessa forma.
Bruno Henrique, um dos responsáveis pelo time ainda estar no G-4, retorna de suspensão na próxima rodada.
Ricardo Oliveira deu uma assistência e uma cabeçada a gol. |
FICHA TÉCNICA
CHAPECOENSE 2 X 0 SANTOS
Arena Condá, Chapecó (SC)
Árbitro: Jailson Macedo Freitas
Público e renda: 11.301 pagantes/R$ 272.030,00
Cartões amarelos: Lucas Veríssimo, Luiz Felipe e Serginho (SAN)
Gols: Wellington Paulista (13'/1ºT) (1-0); Arthur Caíque (21’/2º T) (2-0)
CHAPECOENSE: Jandrei; Apodi, Douglas, Fabrício Bruno e Reinaldo; Canteros (Nenem, 37'/2ºT), Amaral, Moisés e Luiz Antônio (João Pedro, 21'/2ºT); Arthur Caíque e Wellington Paulista (Túlio de Melo, 30'/2ºT). Técnico: Gilson Kleina
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, Luiz Felipe e Victor Ferraz; Alison, Renato, Matheus Jesus (Serginho, 17'/2ºT) e Lucas Lima (Jean Mota, 7'/2ºT); Arthur Gomes e Ricardo Oliveira. Técnico: Elano
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Vanderlei: Um dos poucos que se salvaram da apresentação sofrível. No pênalti, preferiu escolher o canto, mas não adivinhou. Fez uma boa defesa em uma cabeçada na segunda etapa. - 6,0
Daniel Guedes: Seu forte é o apoio e o cruzamento. Fez apenas uma vez em todo o jogo. -5,0
Lucas Veríssimo: Um dos melhores defensores do campeonato, não reeditou suas boas apresentações. Cometeu um pênalti com a mão e marcou a bola e não o jogador, no segundo gol do adversário. - 4,0
Luiz Felipe: Ainda sente a falta de ritmo de jogo. O melhor zagueiro do futebol brasileiro em 2016, só atuou pela terceira vez na competição. - 4,5
Victor Ferraz: Estava "torto" pelo lado canhoto. No segundo gol da Chapecoense não interceptou o cruzamento de Wellington Paulista. - 4,5
Alison: Correu, deu carrinho e ainda conseguiu tomar a bola algumas vezes. - 5,5
Renato: Pouco apareceu no meio-campo. Começou um pouco mais a frente e depois inverteu com Alison. - 5,0
Matheus Jesus: Ficou mais na cobertura de Victor Ferraz. Nesta noite foi tímido. - 5,0
(Serginho): Brigou bastante. Demonstrou interesse e tabelou algumas vezes a frente da área. - 5,5
Lucas Lima: Apagado. Foi bem substituído. - 4,0
(Jean Mota): Com a sua entrada, foi o único momento em que o Santos tentou agredir o adversário pelo lado direito do seu ataque. - 5,5
Arthur: O único que tentou "quebrar" as linhas, mas ainda assim teve pouco êxito. - 5,5
Ricardo Oliveira: Isolado na frente, sua atuação ficou limitada a uma cabeçada na segunda etapa e um bom papel de pivô no primeiro tempo ao dar uma assistência para Victor Ferraz. - 5,5
Técnico: Elano: O ataque ficou órfão com os três volantes e a pouca produtividade e participação de Lucas Lima. Para não dizer que não falei das flores, o treinador fez bem ao retirar o camisa 10 aos 7 minutos da segunda etapa. - 4,5