Publicado às 16h32 desta segunda-feira, 5 de outubro de 2015. |
(*) Felipe Takashi
Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado subtil de se deixar distinguir. Já dizia Paul Valéry - Pensador e poeta francês.
Assim Renato Dirnei Florêncio, o Renatinho chega aos 36 anos de idade com a vitalidade de um menino e a qualidade de um mestre.
Raro, raríssimo.
Volante que não se forma mais no Brasil. A geração de hoje acostumou-se aos pontapés de Luis Gustavo, Ralf, Valência ou aos assustados Ramires, Paulinho e seus bluecaps.
Como Renato, volante que joga de cabeça erguida, chama a bola de você e faz o simples tornar-se sofisticado, o futebol brasileiro parou de fabricar.
No dicionário, o significado de "Volante" é: Roda que comanda a direção de veículos automóveis. No futebol, o volante é quem faz a transição da defesa ao ataque e quem protege a defesa. Assim, como no carro, a direção dada ao time é dada pela inteligência de seu volante.
O grande volante distribui o jogo, facilita o trabalho dos companheiros. É quem verdadeiramente trabalha para o time. É quem abre mão da vaidade em prol do todo.
São poucos que fazem esse trabalho como Renato. Que infelizmente, está prestes a encerrar sua brilhante trajetória.
Só nos resta torcer para que o Brasil volte a formar jogadores como Renato. Que desarmem sem violência, que joguem ao invés de baterem. Oxalá!