O BIPOLAR SANTOS

Postado às 15h30 desta quinta-feira, 2 de outubro de 2014.
A bipolaridade santista atingiu até o título do post. Se no Campeonato Brasileiro, o alvinegro da Vila Belmiro não ganha fora de casa - Em 12 jogos apenas duas vitórias, na Copa do Brasil é justamente o contrário, e o aproveitamento excelente de três vitórias em cinco partidas longe dos seus domínios (apenas uma derrota e com o time reserva).

Um dos fatores para o ótimo aproveitamento nos jogos fora da Vila e do Pacaembu, na Copa do Brasil, chama-se Robinho. O futebol do "rei das pedaladas" foi fundamental para as vitórias contra o Grêmio-RS, na Arena em Porto Alegre e contra o Botafogo-RJ, no Maracanã. Na única competição em que o Peixe pode chegar ao título, apesar de não ser favorito, o "Pedalada" marcou quatro gols em três partidas e com certeza vai fazer falta no jogo de volta (cumpre suspensão), dia 16, apesar da boa vantagem.

Também não é menos verdade que Robinho atuou em partidas fora de casa em que o Peixe não obteve êxito no Brasileirão. A última vitória santista fora do Estado na competição de pontos corridos foi antes da Copa do Mundo. Aliás, as duas únicas vitórias do Santos como visitante não foram nos estádios dos times da casa. Tanto quanto Figueirense como contra o Bahia, os mandantes não puderam utilizar as suas dependências. O Figueirense cumpria punição e a partida foi em Londrina. Já o Bahia, teve que jogar em Feira de Santana, em razão do estádio da Fonte Nova estar à disposição da FIFA e para a Copa do Mundo.

O Peixe fez boas partidas no Brasileiro fora da baixada e da capital paulistana. Os dois jogos contra os mineiros Cruzeiro e Atlético-MG, por exemplo, o alvinegro jogou boa parte das partidas até melhor, mas as vitórias não aconteceram.

Apesar da "bipolaridade", o time trocou de treinador e já dá para perceber uma sensível melhora. Classifico como positivo o revezamento que o técnico Enderson Moreira realiza principalmente com os atacantes. Com raras exceções, o novo comandante utiliza quase todos os jogadores da parte ofensiva e promove uma disputa sadia entre eles. Leandro Damião por exemplo, não é titular e nem reserva. Ele inicia no time em alguns jogos e  sai outros. Em algumas jornadas começa no banco e entra durante as partidas. 

Com isso, o treinador utiliza de 15 a 17 jogadores sempre. Além dos titulares, Vladimir, Caju, Neto, Alan Santos e Patito estão tendo oportunidades e quem dormir em berço esplêndido perde a posição.

Também é visível o crescimento do futebol de Geuvânio que flutua entre o meio e o ataque pela direita e tem o dedo do técnico. O camisa 45 havia parado de render nas mãos do antecessor Oswaldo, após um primeiro semestre maravilhoso que lhe rendeu o prêmio de "revelação" do estadual.

Não existe uma fórmula ou uma resposta plausível para essa oscilação  nos jogos fora de casa entre o Brasileirão e a Copa do Brasil. Mas o torcedor santista vai torcer muito para que o aproveitamento alto na competição de mata-mata (hoje de 66,6%) continue até a final, ainda mais com o grau de dificuldade que tende a aumentar e o Peixe possa a voltar a dar uma volta olímpica como Campeão após dois anos e de quebra, conquistar uma vaga na Libertadores da América do ano que vem.


Eleição no Santos

Alguns candidatos à presidência do Santos já estão em plena campanha. O empresário Fernando Silva, por exemplo, reuniu aproximadamente 60 sócios na última terça (30), no bairro da Ponta da Praia, na cidade de Santos. O ex-superintendente do clube em 2010 pretende lançar a sua candidatura na próxima semana.

Os outros candidatos declarados a eleição do Santos em 6 de dezembro são o empresário e conselheiro Nabil Khaznadar da Eu Sou Santos (ESS), Modesto Roma da Santos Gigante e José Carlos Peres da Santos Vivo.

Além dos quatro, comenta-se nos bastidores a possibilidade de uma união entre a Terceira Via de Orlando Rollo com Vagner Lombardi da Resgate Santista.

Como as inscrições das chapas e dos candidatos podem ser feitas até 20 dias antes da assembleia, como versa o artigo 34 do Estatuto Social do clube, muita coisa ainda está por vir e diversas alianças podem acontecer nesse período e por consequência, a diminuição do número de candidatos a substituir Odílio Rodrigues Filho em 2015.

                                               

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