PACIÊNCIA DE JÔ

Postado às 19h40 desta terça-feira, 17 de Junho de 2014.
(*) Por: Felipe Takashi

Quando Pep Guardiola viu a escalação do Santos com três zagueiros na decisão do Mundial de Clubes 2011, certamente, sorriu com a certeza da vitória. Afinal, no futebol atual, a premissa básica para superar um adversário com três zagueiros é abrir mão de jogar com centroavante e deixar os três defensores oponentes sem ter a quem marcar, e conseqüente, ganhar vantagem numérica no meio de campo para negar a posse de bola ao rival. O técnico do Barcelona o fez naquela ocasião. Felipão sequer pensou nessa possibilidade hoje, diante de um adversário que repetia o esquema supracitado.

Ás 60 mil pessoas que foram ao Castelão em Fortaleza, viram o Brasil expor todos os seus problemas táticos diante de um México apenas esforçado. Fred era figura decorativa, enraizada e dominada pela defesa mexicana. Daniel Alves repetiu os velhos erros. Enquanto Paulinho lembrou Cícero como nunca. Aliás, nunca é demais lembrar que a função primária de um meio-campista (ou volante) não é de fazer gols, e tampouco, estar mais vezes dentro da área rival ao invés de preencher o circulo central.  O grande volante qualifica a saída de bola, distribui o jogo com qualidade e sempre aparece como opção para receber o passe. Paulinho nunca teve essas características, mas hoje, passou da conta. Chegou a ser patético. Não marcou e não jogou, se mandava para dentro da área para tentar um golpe de sorte. Tudo em vão. Mas, o pior de tudo, é o treinador não perceber este erro primário e deixá-lo os 90 minutos em que a bola rolou no nordeste brasileiro.

Eu que me considero um defensor de Big Phill, não posso deixar de criticá-lo. O Brasil esteve longe de ser um time. E digo mais, quando este que vos escreve, pedia a convocação de Robinho no início do ano, pensava em jogos como o de hoje. O nosso escrete não tem a mínima variação tática. Não temos alternativas como Alemanha, Holanda, Itália e até o Chile têm para mudar o panorama de qualquer peleja. Mas, a culpa não é de nossa safra de jogadores. A culpa é do nosso treinador.

Para concluir, digo que minha paciência, que não é a de Jó, quase se esgotou quando viu Jô vestir a camisa do Brasil em uma Copa do Mundo. Assim, já era.



Avaliação aos atletas:

Júlio César: Quando foi acionado fez o seu papel com perfeição. Nota: 8,0

Daniel Alves: Apoiou um pouco mais. Seguiu a mesma avenida de sempre. Nota: 5,0

Thiago Silva: Gigante na defesa. Melhor do Brasil. Nota: 8,5

David Luiz: Regularidade que impressiona. Nota: 8,0

Marcelo: Tímido. Ao menos não marcou contra. Nota: 5,0

Luis Gustavo: Anulou Giovanni dos Santos. Nota: 6,5

Paulinho: Síndrome de Cícero. Nota: 4,0

Oscar: Não repetiu o grande jogo contra a Croácia. Nota: 5,5

(Willian): Jogou pouco. Sem Nota.

Ramires: Não apoiou com a qualidade esperada. Nota: 5,5

(Bernard): Muita vontade. Pouca qualidade. Nota: 5,5

Neymar: Chamou o jogo pra si e criou as melhores oportunidades do Brasil. Mas, perdeu o duelo contra o brilhante goleiro Ochoa. Nota: 7,0

Fred: No bolso de Rafa Marquez. Nota: 4,5

(Jô): Piada de mal gosto. Nota: 4,5

Felipão: Perdeu o duelo tático para Miguel Herreira. Nota: 5,0

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