A REALIDADE É DURA

Publicado às 23h45 deste domingo, 3 de fevereiro de 2019.
O Santos perdeu a invencibilidade na temporada ao ser goleado pelo Ituano por 5 a 1, em partida válida pela quinta rodada do Campeonato Paulista. Foi uma noite, que nada deu certo e expôs as carências que o alvinegro tem e a necessidade de contratações. A defesa que era a melhor do campeonato e tinha sofrido apenas um gol, levou cinco somente neste jogo.

Sampaoli voltou a escalar a equipe com dois zagueiros. O argentino poupou Luiz Felipe e com isso trouxe Pituca de volta ao meio-campo e manteve Copete na ala-esquerda.

A equipe fez cinco minutos muito bons, trocava passes, marcação com linha alta, mas provou do próprio veneno. O time do Interior trancou tudo e esperava o Santos para explorar o contra-ataque. Aliado a isso, juntaram erros individuais e a equação para a derrota de forma dilatada estava formada. Além do supracitado, os erros nas bolas aéreas voltaram a acontecer e como hoje não era 'dia de Santos', o Peixe levou dois gols de cabeça de bola parada. Foi um desastre.

Desde que a direção do clube anunciou o técnico Sampaoli, eu venho repetidamente dito que não adianta ter uma Ferrari, anunciar pra todos que conseguiu adquirir esse veículo caríssimo, se não tem dinheiro para colocar combustível e pagar os impostos, tendo que deixar a 'máquina' na garagem. Se trouxe um técnico desse nível, um dos melhores do futebol mundial, tem de ter condições de dar reforços que foram pedidos pelo treinador.

E vou mais longe, com mais quatro reforços, esse time fica qualificado, mas é inadmissível com o elenco todo a disposição, ter de improvisar, porque quem dirige a equipe não gosta das opções que tem à disposição em razão da qualidade duvidosa de alguns.

Perder nunca é bom, não sou desses que vem com o discurso de que é bom perder agora, que está no começo da temporada, absolutamente, entretanto, colocou novamente a torcida e a direção no devido lugar e expôs a necessidade do elenco ter melhor material humano. A pressão por contratações vai voltar, sem dúvida nenhuma.

Por fim, para não dizer que não falei das flores, parabéns aos torcedores que estavam no Estádio Novelli Junior e principalmente aos que permaneceram até o apito final e aplaudiram o time, após o término da partida. Apesar da vergonhosa goleada é momento de abraçar os jogadores, que davam alegrias ao torcedor até aqui. Mas também não é menos verdade que é necessário cobrar a direção para dar a qualificação que o elenco precisa.

Na próxima quarta-feira (6), o Peixe joga em Teresina, diante do Altos pela Copa do Brasil. O empate lhe basta para ir a próxima fase. No sábado (9), o alvinegro joga no Pacaembu diante do Mirassol, pelo Estadual. 

ITUANO 5 X 1 SANTOS
Estádio Novelli Júnior em Itu (SP)
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Cartões amarelos: Martinelli, Paulinho Dias (ITU); Dérlis González e Luiz Felipe (SFC)
Público e renda: 5.673 pagantes / R$ 227.695,00
Gols: Morato, 7'/1°T (1-0); Marcos Serrato, 8'/1°T (2-0); Jonas, 19'/1°T (3-0); Jean Mota, 41'/1°T (3-1); Morato, 46'/1°T (4-1); Léo Santos, 18'/2°T (5-1)
ITUANO: Pegorari; Jonas, Ricardo Silva, Léo Santos e Peri; Baralhas, Marcos Serrato, Corrêa (Paulinho Dias, 24'/2°T) e Morato (Gui Mendes, 32'/2°T); Alemão (Claudinho, 12/'2°T) e Martinelli. Técnico: Vinicius Bergantini.
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz (Luiz Felipe, 23'/2°T), Felipe Aguilar, Gustavo Henrique e Copete; Alison (Yuri Alberto, intervalo), Pituca, Sánchez e Jean Mota; Derlis e Soteldo (Arthur, intervalo). Técnico: Jorge Sampaoli.

Jogadores se reúnem antes do intervalo, cabisbaixos após terminarem o primeiro tempo perdendo por 4 a 1.
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS: 
Vanderlei: Não teve culpa em nenhum gol sofrido, mas com exceção de uma bola no fim da partida, o que foi no gol entrou. - 4,0
Victor Ferraz: Como lateral e não ala como era com três zagueiros, ficou sem cobertura. No quarto gol não conseguiu acompanhar na velocidade, o atacante de lado do adversário. - 4,5
(Luiz Felipe): Fez falta na escalação. É quem tem o melhor passe entre os defensores. Quando entrou, o jogo estava decidido. Pouco acrescentou naquele instante. - 5,0
Felipe Aguilar: Falhou no mínimo, nos três primeiros gols (e estou sendo econômico porque poderia dizer quatro com tranquilidade). Porém, não é para crucificar e acabar com o o jogador na sua terceira apresentação na equipe. Porém, também não posso desconsiderar ou dar de ombros esta atuação infeliz. - 2,5
Gustavo Henrique: No último gol falhou na bola aérea. Começou bem a partida no primeiro passe. - 4,5
Copete: Ofensivamente, apesar de não gozar de muita técnica, tentou, buscou, mas teve o mesmo problema de Victor Ferraz. Como ala, era protegido e podia se mandar a frente mais despreocupado, como lateral improvisado, não tem cacoete de marcar e podia ter evitado dois gols. - 4,0
Alison: Sobrecarregado na marcação. Não comprometeu, mas não conseguiu evitar o vexame. - 4,5
(Yuri Alberto): Teve uma oportunidade apenas de cabeça. Perdeu o tempo da bola que pegou no seu ombro. - 4,5
Pituca: Um dos poucos que escaparam da má atuação. No segundo tempo ficou como primeiro volante e rende menos nesta função. - 5,0
Sánchez: Guerreiro como de costume, mas sem nenhum brilho nesta noite. - 5,0
Jean Mota: Marcou outro gol e tentou armar a equipe. Depois caiu de produção. - 5,5
Derlis: O melhor jogador do time neste começo de temporada teve dificuldade para explorar a sua velocidade. Depois ficou nervoso e tomou o terceiro amarelo. No segundo tempo, sumiu do jogo. - 5,0
Soteldo: Errou tudo que tentou. Após alguns minutos na estreia contra o São Paulo, não voltou a jogar bem. Está devendo. - 4,0
(Arthur): Dificuldades para quebrar as linhas adversárias. Não conseguiu colocar fogo no jogo. - 4,5

Técnico: Jorge Sampaoli: Me preocupou a falta de variação tática da equipe quando encontrou dificuldades para transpor as linhas. Estava ansioso e esperava ver isso, apenas dias 23 diante do Palmeiras de Felipão que coloca uma barreira, a frente da sua defesa.  O argentino não vai tirar 'leite de pedra' sempre com um elenco de material humano cheio de deficiências em várias posições. Se não lhe derem reforços trouxeram o treinador certo para a hora errada. - 4,5

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