QUE APRESENTAÇÃO FOI ESSA?

Publicado às 07h43 desta quarta-feira, 2 de Maio de 2018.
O Santos realizou uma das suas piores apresentações na temporada e sofreu sua segunda derrota na Libertadores da América em 2018, na noite desta terça-feira (1), diante do Nacional-URU, em Montevidéu, por 1 a 0. Pouco antes de ir a campo, o alvinegro garantiu a classificação de forma antecipada, já que Garcilaso e Estudiantes ficaram no empate em 0 a 0, no Peru.

Sem Veríssimo suspenso e Sasha com problemas no tornozelo, o técnico Jair Ventura confirmou Luís Felipe na defesa e Copete, ganhou nova chance no ataque.

Desde o primeiro minuto de partida, o alvinegro não ofereceu perigo a meta do goleiro Conde. O torcedor que acompanhou o duelo pela televisão, não sabe nem a cor do uniforme do camisa 1 uruguaio, porque ele foi um mero expectador de luxo. 

O Santos deu apenas um chute durante todo o jogo. E foi quase do meio-campo com o atacante Rodrygo aos 16 da segunda etapa. Por falar no 'rayo', deu dó do camisa 9. Só ele tentou algo. Colocou três bolas entre as pernas dos defensores do Nacional (duas em Fucile). Ele saiu do gramado aos 33 minutos do segundo tempo lesionado. Segundo o médico santista que trabalhou no jogo, Dr. Carlo Alba, com quem o Blog do ADEMIR QUINTINO manteve contato, assim que a partida foi encerrada, a lesão não é tão preocupante, pois o atacante sofreu um entorse de tornozelo, sem fratura. Se Robinho tinha Diego para servi-lo em 2002 e Neymar contou com PH Ganso em 2010, o "crioulo" talentoso nascido em Osasco, por enquanto não tem ninguém de grande talento para assisti-lo com precisão, porque o meio campo santista tem pouca capacidade de criação.

No primeiro tempo, o Peixe levou uma bola na trave após Vanderlei espalmar próximo a pequena área e Romero perder um gol incrível para os donos da casa.

Como não existe nada tão ruim que não possa piorar, após a volta do intervalo, o Santos que já não fazia boa apresentação, voltou pior e era questão de tempo o gol dos uruguaios. Aos 12, Fucile deu assistência para a grande área, aconteceu o cruzamento e Barcia empurrou para o fundo do gol.

Ventura ainda tentou Vecchio na vaga de Jean Mota, Arthur no lugar de Copete e Vitor Bueno nos 12 minutos finais para substituir o lesionado Rodrygo, porém, o destino do jogo estava selado, mesmo antes do apito final do árbitro. O Peixe em momento algum mostrou poder de reação e foi uma caricatura mal feita de uma equipe de futebol, em sua penúltima partida na fase de classificação.

E ainda teve tempo de uma lambança do árbitro Wilmar Rondan que deu dois amarelos a Cittadini e expulsou o camisa 19 santista somente nos vestiários. O juiz também foi bem "caseiro" e fez vistas grossas as botinadas levadas por Rodrygo.

Pela competição continental, o Santos depende única e exclusivamente dele para ser o primeiro colocado do grupo. Com nove pontos, uma vitória diante dos peruanos do Real Garcilaso e a liderança será confirmada. O único que pode tomar o posto santista é justamente o Nacional que vem de duas vitórias seguidas e joga na Argentina, diante dos Estudiantes. Se os uruguaios vencerem e o Peixe tropeçar, o alvinegro amarga a segunda colocação e enfrentará um primeiro lugar nas oitavas. O adversário será conhecido através de sorteio.

FICHA TÉCNICA
NACIONAL-URU 1 X 0 SANTOS
Estádio Parque Central, Montevidéu (URU)
Árbitro: Wilmar Roldan (COL) 
Cartões amarelos: Leandro Barcia, Santiago Romero e De Pena (NAC), Daniel Guedes e Alison (SAN)
Cartões vermelhos: Léo Cittadini (S)
Gols: Leandro Barcia (12'/2ºT) (1-0)
NACIONAL-URU: Conde; Fucile, Corujo, Polenta e Espino; Santiago Romero e Oliva; Zunino (Sebástian Rodríguez, aos 28'/2ºT), Viúdez (Leandro Barcia, no intervalo) e De Pena (Bueno, aos 38'/2ºT); Bergessio. Técnico: Alexander Medina.
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes, Luiz Felipe, David Braz e Dodô; Alison, Cittadini e Jean Mota (Vecchio, aos 18'/2ºT); Rodrygo (Vitor Bueno, aos 32'/2ºT), Copete (Arthur, aos 24'/2ºT) e Gabriel Barbosa. Técnico: Jair Ventura.

Rodrygo sofreu entorse e não deve enfrentar o Grêmio pelo Brasileirão, domingo em Porto Alegre.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Vanderlei: Fez uma grande defesa e no primeiro tempo, o melhor goleiro em atividade nas Américas, nos últimos três anos, não conseguiu espalmar com força um chute de fora da área. No rebote, Romero acertou a trave. - 5,5
Daniel Guedes: Não foi bem no apoio e mostrou desatenção em um lance no primeiro tempo em que quase o Santos sofre o gol ao parar no lance, mesmo sem o árbitro ter apitado falta. - 5,0
Luiz Felipe: Não comprometeu. Bem na saída de bola e no jogo aéreo. - 5,5
David Braz: Errou alguns passes na saída de bola e no lance do gol não conseguiu interceptar o cruzamento. - 5,0
Dodô: Fez boas tabelas com Rodrygo no primeiro tempo e depois do camisa 9 era o melhor santista em campo, porém, no gol uruguaio, chegou atrasado na marcação. - 5,5
Alison: Sobrecarregado na marcação do meio campo. Deu alguns botes em que não conseguiu recuperar a bola e errou alguns passes. - 5,0
Cittadini: Não conseguiu colaborar na armação e na marcação exagerou nas faltas. Foi expulso nos vestiários porque o árbitro lhe deu dois amarelos. - 4,5
Jean Mota: Não conseguiu dar uma assistência aos atacantes e errou alguns passes curtos. - 4,5
(Vecchio): Entrou aos 18 minutos do segundo tempo. Quase não pegou na bola. O time já estava entregue. - 5,5
Rodrygo: O único que foi para cima e encarou os uruguaios. Deixou o gramado vitima da complacência do árbitro e da falta de recurso dos uruguaios. - 6,5
(Vitor Bueno): Jogou 12 minutos mais os acréscimos. - SEM NOTA
Copete: Foi apenas assistente do lateral. Com a bola nos pés, pouco fez. - 4,5
(Arthur): Jogou 20 minutos. Recebeu duas bolas apenas. - 5,0
Gabriel Barbosa: No primeiro tempo, após simular uma falta proporcionou uma falta que quase resulta em gol do adversário. Quando saiu da área, não conseguiu realizar uma tabela. Teve uma chance no primeiro tempo, que poderia servir algum companheiro, mas preferiu chutar e a bola bateu na rede pelo lado de fora. - 4,0
Técnico: Jair Ventura: Vejo alguns times com um material humano igual ou pior do que o Santos, porém, jogando melhor. Precisa repensar esse esquema de três atacantes (apesar de Copete ter atuado como assistente de lateral). Também não é menos verdade de ter poucas opções no meio-campo para a armação. Não entendo porque não tira Gabriel Barbosa quando ele não está bem. Podia ter tentado Copete "espetado" entre os zagueiros e retirado o camisa 10 que não vive um bom momento. O Santos vive só de contra-ataque, algo que nem isso foi visto no Uruguai. - 4,0

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