VECCHIO: "EU JÁ HAVIA TE DITO QUE AINDA VENCEREI AQUI "

Publicado às 13h45 desta segunda-feira, 24 de Julho de 2017.
Aos 28 anos, o meio-campista Emiliano Vecchio, vive seu grande momento no Santos. Contratado em 2016, a pedido do ex-treinador do clube - Dorival Junior, o argentino tem apenas 16 jogos com a camisa do Peixe. Após não ter sido inscrito no estadual, o jogador esteve muito próximo de sair para o Estudiantes e Rosário Central. Em ambas, foi convencido pelo presidente do clube, Modesto Roma Junior, que devia ficar. O mandatário santista não liberou o meia por empréstimo para os clubes da Argentina e outros do Brasil, como SCCP e Ponte Preta, que demonstraram interesse. 

Vecchio tem contrato com o Peixe até 2019 e foi um dos destaques do alvinegro nos últimos jogos. Após mais uma boa apresentação, o jogador concedeu uma entrevista exclusiva ao Blog do ADEMIR QUINTINO, ao deixar o vestiário do Pacaembu, depois da vitória diante do Bahia por 3 a 0. Nessas 16 partidas com a camisa do clube, coleciona números impressionantes. São 14 vitórias, um empate e apenas uma derrota, o ano passado, na despedida de Gabriel Barbosa do clube, diante do Figueirense, na Vila Belmiro. 

Blog do ADEMIR QUINTINO: No melhor dos seus sonhos, você imaginava fazer sucesso tão rápido, assim que voltou ao time, já que foi apenas o seu sexto jogo na temporada?
VECCHIO: "Eu já havia te dito, em uma entrevista que dei a você, no começo desse ano, quando eu estava apenas correndo no CT e treinando sozinho, que era um sonho poder jogar pelo Santos, que eu não desistiria e ainda vencerei aqui, não sei se você se recorda? Eu ganhava muito mais no mundo árabe, minha esposa, não queria que saíssemos de lá, briguei em casa para vir jogar no Brasil, mas quando soube que era o Santos, o time mais conhecido e mais falado entre os clubes brasileiros, na Argentina, não pensei duas vezes e assinaria em branco, por qualquer valor. Naquela entrevista que eu te dei, eu disse que seria paciente, que eu vim para vencer e que ainda faria sucesso aqui. E não é por condição financeira, você sabe bem disso. Se eu quisesse ficar ganhando dinheiro, eu permaneceria no Qatar. Eu quero ganhar títulos e fazer história, por isso acertei com o Santos. Temos muito a melhorar, mas aos poucos, pelo menos para mim, as coisas começam a acontecer".
Vecchio comemora um dos gols de Bruno Henrique.
BAQ: Você já se sente titular absoluto do time?
VECCHIO: "Como sempre te digo e falo aos seus colegas da imprensa, o coletivo tem de ser mais importante que o individual. Eu entendo que um time como o Santos, que tem muita história e tem mais de 30 jogadores que podem jogar. Eu, aqui, trabalho para ter um espaço, mas também sei que tem um companheiro que pode fazer da mesma maneira que eu ou melhor ainda".
BAQ: Esse jogo contra o Bahia, foi o melhor que fez pelo Santos, esse ano?
VECCHIO: Um deles. Para mim foi um jogo muito bom, mas no jogo diante do Atlético Mineiro, eu também me senti muito bem. Podia ter feito um gol aquele dia, em Belo Horizonte também, assim como aconteceu na quarta passada, contra a Chapecoense. Mas o mais importante é poder ganhar e permanecer na luta para alcançar o Grêmio pela vice-liderança. Vamos dar um passo de cada vez".
Vecchio em um dos treinos no CT Rei Pelé.
BAQ: O que mudou do ano primeiro semestre quando chegou a ficar afastado para esse momento que vive atualmente? Eu te vi algumas vezes com o semblante circunspecto, achei até que sairia do clube, já que recebeu propostas e hoje você está muito feliz.
VECCHIO:  "Eu falo assim, todos trabalham para dar o máximo e o Santos possa ganhar. O que mudou para mim? Creio que é o fato do Levir ter dado oportunidade para todo mundo, ele coloca, dá confiança para todos. Hoje, por exemplo, deu confiança para o Noguera, que fez uma bela partida, ele quer que todos sejam iguais e todos tem de correr e dar sangue em campo pelo Santos".


BAQ: E o chapéu do segundo gol. Bela jogada que iniciou a construção do segundo gol... (O jogador interrompe a sequência da pergunta para dizer)
VECCHIO:  "Eu nunca dei um chapéu em ninguém na minha vida, eu acho que é a camisa do Santos que faz isso (e para de responder para dar muitos risos)...Eu fico sem jeito de te responder. Foi bonita a jogada sim, mas minha intenção foi ficar com a bola e não enfeitar gratuitamente. O jogador de futebol tem um milésimo de segundo para pensar, mas depois foram o Lucas e o Bruno (Henrique) que continuaram a jogada que resultou em gol, se não, a minha jogada passaria desapercebido".
BAQ: Vai abrir uma chapelaria em Rosário, sua terra natal na Argentina, depois desse lance?
VECCHIO: "Não, não. (risos). Vamos descansar e tentar virar a chave e buscar a classificação na quarta-feira, diante do Flamengo, na Copa do Brasil. Está complicada a nossa situação, mas vamos suar sangue para buscar a vitória e avançarmos para a próxima fase.". 
Vecchio marcou seu primeiro gol pelo Santos, na quarta passada
BAQ: Você foi aplaudido ao ser substituído e como disse o técnico Levir, 34 mil dos 35 presentes ao Pacaembu te aplaudiram de pé. Ficou surpreso? E a pergunta que não quer calar - Vila ou Pacaembu?
VECCHIO: "A torcida me surpreendeu muito hoje. Tanto na quantidade que lotou o estádio, como quando na hora que saí. Me senti gratificado após os aplausos. Para nós, jogar na Vila ou Pacaembu, é sempre uma alegria e não muda muito. A Vila tem uma história riquíssima e apesar desse ano termos tido alguns tropeços, os adversários sabem que é muito difícil perdermos lá e o Pacaembu, tem outras coisas muito boas, o torcedor comparece, lota o estádio e para nós, é uma ajuda muito importante".



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