COMPLICOU DEMAIS

Publicado à 01h01 desta quinta-feira, 29 de junho de 2017.
O Santos perdeu a duelo de ida, pelas quartas de finais da Copa do Brasil, diante do Flamengo, nesta quarta-feira (28), na Ilha do Urubu por 2 a 0. Com a resultado negativo, o Peixe só vai a semi-final, se vencer pelo mesmo resultado, na partida da volta na Vila e também vencer nos pênaltis ou golear por mais de três gols de diferença, o que convenhamos, é muito difícil.

Sem Alison, que viajou com a delegação pra ficar à disposição pelo Brasileiro no fim de semana (O Santos vai do Rio direto para Goiânia), mas não pode atuar neste torneio (o mesmo acontece com o meia Serginho), em razão de ter sido emprestado ao Red Bull Brasil e no dia 24 de abril, encerraram-se as inscrições, Leandro Donizete foi o escolhido para substituir Thiago Maia que com gastroenterocolite, desfalcou o time

Até o primeiro gol, só deu Flamengo. Os donos da casa desde de o primeiro minuto se impuseram e foram freneticamente para o ataque. A vantagem parcial era questão de tempo. Vanderlei voltou a salvar o Santos, em chute de Berrio, mas era impossível pegar a bola chutada por Everton, aos 26 minutos. O Santos tinha dificuldade em marcar a saída de bola do time rubro-negro que chegava com até seis homens a frente.

Veio a segunda etapa e um Santos mais equilibrado, porém, não finalizava. O jovem Thiago, novo titular do clube carioca, na vaga do até então badalado Muralha, não fez uma defesa difícil. O alvinegro terminou a partida com apenas seis finalizações em 90 minutos. Certa mesmo, apenas uma de Copete que balançou a rede, mas a arbitragem, corretamente, anulou.

Como não existe nada ruim que não possa piorar, já no apagar das luzes, Guerrero entrou na área, não conseguiu finalizar, porém, ficou com a bola e rolou para trás. O meio-campo Cuellar, livre de marcação, meteu na gaveta do ótimo Vanderlei e sepultou uma possibilidade de reação. Este gol colocou um "caminhão de vantagem" para a partida de volta.

Para ir até as semifinais da competição nacional, o Santos vai ter de jogar muito mais que vem demonstrando. Principalmente, em casa, onde a equipe tem dificuldades de propor o jogo, vide o empate diante da Ponte Preta e a derrota para o Sport-PE. Como tem praticamente um mês para o duelo da Vila, dia 26, quem sabe a equipe tenha a evolução que o torcedor deseja? Se repetir o futebol desta noite, as chances ficam minimizadas a velocidade de Bruno Henrique e as bolas paradas ou jogadas individuais. 

Hora de recolher os cacos e buscar a reabilitação no Brasileirão, sábado (1), diante do Atlético-GO, em Goiânia. E não esqueçam que a Libertadores já é na quarta que vem, em Curitiba, diante do Alético-PR. Na competição continental, o time está invicto, entretanto, jamais eliminou um brasileiro em fase de mata-mata. Também não é menos verdade que enfrentou times do mesmo país nas fases agudas, apenas três vezes. Em 2005, contra o mesmo Furacão, 2007 nas semifinais diante do Grêmio e 2012 contra o SCCP.

FICHA TÉCNICA:

FLAMENGO 2 X 0 SANTOS

Ilha do Urubu, Ilha do Governador (RJ)

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG/FIFA)

Cartões amarelo: Márcio Araújo (FLA); Lucas Veríssimo (SFC)

​Público e renda: 14.498 pagantes / 15.564 presentes / R$ 945.610,00
GOLS: Éverton, 26'/1°T (1-0); Cuéllar, 42'/2°T (2-0)
FLAMENGO: Thiago, Pará, Réver, Juan (Vaz, 30'/2°T) e Trauco; Márcio Araújo, Cuéllar e Diego; Berrío (Vinicius Júnior, 32'/2°T), Éverton e Guerrero (Leandro Damião, 45'/2°T). Técnico: Zé Ricardo.
SANTOS: Vanderlei, Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Motta (Caju, 26'/2°T), Leandro Donizete, Renato e Lucas Lima; Bruno Henrique (Thiago Ribeiro, 35'/2°T), Copete e Kayke (Vitor Bueno, intervalo). Técnico: Levir Culpi. 

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Vanderlei: Fez duas defesas que dão a condição de dizer que se não fosse o melhor goleiro da atualidade do país, a vantagem flamenguista poderia ter sido ainda maior. - 7,0
Victor Ferraz: Tentou algumas tabelas pela direita do campo. Não conseguiu ser o "armador" pela ala que funcionou com Lucas Lima, em outros jogos. - 5,0
Lucas Veríssimo: Depois do camisa 1, o melhor da defesa. Cresceu absurdamente seu futebol após uma sequência. Pode parecer incoerente, elogiar um defensor, quando o time sofre dois gols, mas não é o caso. Deu a assistência com um toque de cabeça a Copete, entretanto, o camisa 36 estava impedido. - 6,5
David Braz: Não comprometeu na defesa e ainda se aventurou, principalmente no primeiro tempo, a frente, tentando armar a equipe. - 6,0
Jean Motta: Teve dificuldades para conter o rápido Berrio. Não é lateral e como estava improvisado, teve mais trabalho. Foi substituído. - 5,0
(Caju): Realizou sua primeira partida no ano, após se recuperar de uma lesão grave. Entrou para ajudar no apoio, mas não conseguiu. - 5,0
Leandro Donizete: O meio-campo santista ficou sobrecarregado com o ataque alvinegro que não fez a "marcação alta" (O Ataque e meio mais cercam e marcam à distância). O Flamengo dominou o setor no primeiro tempo e no terço final da partida. O camisa 30 não conseguiu junto com Renato abafar o chute de Cuellar que pode ter selado o destino do confronto. Sente a falta de ritmo de jogo. Só vai conseguir readquirir, se tiver uma sequência para retomar a dinâmica que teve no Atlético-MG, durante cinco anos. - 5,0
Renato: Fez um bom primeiro tempo, principalmente no quesito passe. Mas no crepúsculo do jogo, junto com o restante do time não conseguiram impedir o segundo gol flamenguista. - 5,0 
Lucas Lima: Sofreu marcação implacável dos volantes do Flamengo Cuellar e Márcio Araújo e não conseguiu sair dela. - 5,0
Bruno Henrique: Não conseguiu usar a velocidade, sua grande arma. Foi substituído após levar uma pancada. - 5,0  
(Thiago Ribeiro): Jogou poucos minutos. - SEM NOTA
Copete: Voluntarioso. O único atacante que buscou o jogo, principalmente, no segundo tempo. - 6,0
Kayke: Discreto. Foi substituído no intervalo. - 5,0
(Vitor Bueno): Entrou fora de posição, a exemplo do jogo do fim de semana diante do Sport. Não é o seu forte jogar de costas. - 5,0
Técnico: Levir Culpi: O Santos de Levir, apesar de pouco tempo no comando, se destacou por não ficar tanto com a bola, como era com Dorival, pelo contra-golpe mortal como visitante e a dificuldade de propor o jogo como mandante. Nem o contra-ataque, o Santos conseguiu encaixar no RJ. Ao contrário dos jogos anteriores, fez as três substituições. Nenhuma mudou o panorama da partida. A última foi por contusão. - 4,5

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