NOVO HÁBITO DE “PENSAR O JOGO” NO FUTEBOL FEMININO


Publicado neste domingo, 10 de junho de 2017.

Inovar, com fundamentação científica. Isso é o que oferece o gestor da Metodologia PAR, o psicólogo Mario Rodrigues, dentro do futebol feminino do Santos FC. O profissional chegou a atuar no fim dos anos 70 nas categorias de base do alvinegro.

Com base nos conceitos da metodologia PAR, Mário Rodrigues afirma que o que mantém a regularidade de rendimento de uma equipe é o fortalecimento de vínculos, aproximando atletas em características, habilidades, tanto técnicas quanto psicológicas. Porém não só em afinidades, mas sobretudo em adquirir características e habilidades que não possuem. 
“Trabalhamos com a mentalidade de unificação das habilidades, gerando um bem-estar no ambiente. O futebol, assim como todo esporte coletivo, depende integralmente da comunicação, de afinidades entre os membros. Não posso ignorar aquilo que não possuo, então o oponente tem grande importância no meu rendimento individual” afirma Mário.
Segundo Rodrigues, essa máxima deveria fazer parte do cotidiano de todo atleta. Mas o que se vê continuamente em disputas são comportamentos que distanciam atletas. Para ele, existe uma grande fragilidade no pensamento humano dentro da área esportiva, essencialmente no futebol.
O perfil do futebol feminino tem me agradado consideravelmente, pois tem um grau de assimilação muito favorável quanto a estes conceitos. Conseguem se apropriar da razão numa disputa, muito mais que o futebol masculino. Isso é essencial, pois o controle da técnica está intimamente ligado ao controle emocional. Isso favorece o alcance de melhores resultadosOs resultados práticos alcançados por treinamentos tradicionais estão aquém da necessidade de se atingir regularidade e alto rendimento, devidamente comprovados no dia-a-dia. A realidade e a estatística revelam isso”.
Mário acredita que a maior dificuldade que uma equipe de futebol encontra na prática é suprir falhas, isso porque todo o setor específico que for comprometido por uma falha individual sofrerá uma desorganização em sua estrutura funcional primária. Como os atletas em geral são limitados às suas respectivas funções e utilizam pouco seus recursos originários do pensamento, essencialmente o raciocínio, ainda não foram habituados a aprimorarem, cada qual, seu senso de percepção espaço-corporal para remontarem a estrutura organizacional que foi comprometida. 
Nosso objetivo é ajudar no aperfeiçoamento da técnica através de uma melhor exploração dos recursos do pensamento. Os atletas utilizam menos de 1/3 de seus recursos provenientes do pensamento. Ensinamos atletas a atuarem com pensamento previsível (pós-presente), que é o estágio da regularidade. Todos os atletas (defensores ou atacantes) necessitam desta habilidade para atingirem o alto rendimento"
Para o psicólogo, quando se exaltam alguns e menosprezam os demais, o futebol perde em essência, em brilho. As disputas estão cada vez menos acirradas pela técnica porque predominam atos que não condizem com a arte do jogo. Ele também destaca que este princípio cognitivo não desmerece o (a) atacante, pois para ele, improvisar sua arte, necessita da previsibilidade, ou seja, o (a) atacante precisa antever situações para mostrar a sua arte, funcionando como a criação mental de várias cenas no pensamento, mais ou menos como histórias em quadrinhos. 
"A imprevisibilidade é ilimitada e requer uma infinidade de exercícios criativos de cenas. Outro fator importante é como os atletas são preparados para um jogo. Estados de ansiedade e stress são constantemente introduzidos dentro do futebol e prejudicando atletas pela maneira como o esporte competitivo é abordado no contexto, ou seja, “ter que ser melhor que o outro a qualquer custo. Ninguém vence ninguém, apenas anulamos momentaneamente as habilidades de nossos oponentes”. 
O profissional da psicologia encerra afirmando que essa carência de informações na área do futebol mobilizou-o a abrir duas frentes nunca exploradas cientificamente: o comportamento e o movimento. Por meio de cinco experiências (três práticas e duas teóricas), criou o "Princípio da Previsibilidade no futebol", dividida em três áreas: afetiva, cognitiva e espaço-corporal. 

A Metodologia PAR considera que o alto rendimento está ligado diretamente ao relacionamento de atletas, as falhas estão ligadas à mobilidade natural do pensamento, que vai para o passado e para o futuro inúmeras vezes e também pela deficiente percepção de movimentos na prática. Com base nisso, explica o domínio da técnica através dos recursos do pensamento, através do Princípio da Previsibilidade Afetiva (prever acontecimentos no jogo), Cognitiva (prever movimentos de si próprio e do outro) e Espaço-Corporal (percepção do espaço que ocupa).


Santos Zona Sul e Leões da Fabulosa empataram em 2 a 2.
RIVAIS SIM, INIMIGOS NÃO.

Dando provas que torcedores de times diferentes podem ser amigos, a Santos Zona Sul, torcida formados por associados do clube e que tem um time amador que disputa campeonatos varzeanos de São Paulo, enfrentou neste sábado (10), os Leões da Fabulosa, principal organizada da Portuguesa de Desportos. O duelo aconteceu em São Paulo, no bairro de Interlagos.

O placar do jogo foi 2 a 2, mas o que mais importou foi o respeito e a amizade. O Santos Zona Sul é o atual bi-campeão invicto da Copa TJ, torneio onde todos as organizadas do Peixe participam.

Após o jogo, houve uma festa de confraternização bem concorrida entre os atletas, familiares e convidados. 

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