RESULTADO ÓTIMO PERTO DA ATUAÇÃO NO CLÁSSICO

Publicado às 23:54 deste domingo, 29 de outubro de 2023

(*) Pedro La Rocca

Chegando ao segundo clássico consecutivo sem perder, algo que não acontecia desde o segundo semestre de 2022, o Santos foi à Itaquera e empatou com o Corinthians por 1x1. Com Mendoza (de pênalti) marcando o gol de empate, o Peixe se vê fora da zona de rebaixamento por mais uma rodada. Jean Lucas (contra) abriu o placar para os rivais.

O técnico Marcelo Fernandes optou pela ida do menino Kevyson ao banco de reservas e promoveu a entrada do volante Rodrigo Fernández. Pela primeira vez, após sete partidas, o treinador entrou em campo com uma linha de quatro na defesa. 

A formação foi um 4-4-2, escolhida pelo rival também atuar com quatro homens no meio. 

Apesar de conseguir competir em muitos momentos, em outros a equipe Santista se via em inferioridade numérica pelos lados do campo, seja num 3x2, ou 2x1, já que Renato Augusto e Giuliano vinham fazer tabelas por ali.

Os laterais Lucas Braga e Dodô foram algumas vezes prejudicados por insuficiência tática de alguns atletas.

Outro fator que atrapalhou o Peixe na primeira etapa foi a bola aérea. O baixinho Rodrigo Fernández estava marcando o grande Gil. Se tinha um momento em que o camisa 14 poderia fazer uma marcação individual era com bola rolando e no Renato Augusto, mas assim pouco ocorreu.

Um primeiro tempo infeliz do time Santista, que viu o seu goleiro João Paulo fazer, não quatro defesas difíceis, mas quatro milagres. Foram oito finalizações do time da casa contra zero dos visitantes.

A postura do Peixe na segunda etapa já foi diferente, logo aos 30 segundos Lucas Lima acertou o gol do Cássio, porém sem força.

Num jogo mais equilibrado, quem abriu o placar foi a equipe mandante, aos 11 minutos. Mais um cruzamento vindo de um escanteio, João Paulo faz seu quinto milagre no jogo, mas no rebote Jean Lucas numa infelicidade tocou contra.

Com as entradas de Kevyson, Silvera, Furch e Mendoza, o Santos passou a jogar num 4-3-3. Dodô, Lucas Lima, Marcos Leonardo e Fernández saíram. A intenção era velocidade pelos lados do campo, visando as costas dos laterais - o experiente Fábio Santos e o zagueiro Bruno Méndez.

Depois do gol os rivais abdicaram de jogar. Bom para o Santos que, apesar de tarde soube aproveitar a chance que teve aos 48 minutos. Soteldo foi derrubado e depois da análise do VAR, o árbitro Anderson Daronco apitou a penalidade máxima. Mendoza converteu.

Não me escondo de dar minha opinião. Lance interpretativo. Se o Daronco não desse o pênalti, também não acharia um absurdo, mas houve o toque do Bruno Méndez no camisa 10 Alvinegro.

Minutos antes Silvera poderia ter empatado a partida com uma puxeta, mas Gil salvou em cima da linha.

Ficou claro que o time de Marcelo Fernandes foi à zona leste de São Paulo mirando o empate. Acertaram em cheio, mas meio centímetro para o lado "a flecha não teria um final do jeito que o Santista gostaria".

Tem sido comum no trabalho do Marcelo, em especial nos jogos fora de casa, uma melhora de um time que foi mediano\mal na primeira, para a segunda etapa.

Resultado maravilhoso, ainda mais pela rodada. Contra o Flamengo, na quarta-feira (01) às 20h, em Brasília, a derrota é o resultado mais esperado, por isso a esperança de Goiás e Vasco não pontuaram em suas partidas, contra Bragantino e Cuiabá, dentro e fora de casa, respectivamente.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 X 1 SANTOS

Local: Neo Química Arena, em São Paulo (SP)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)
Cartões amarelos: Rincón e Marcos Leonardo (Santos); Fausto Vera, Moscardo, Giuliano, Fábio Santos e Bruno Méndez (Corinthians)

GOLS: Jean Lucas (contra), aos 12' do 2ºT; Mendoza (Santos), aos 53' do 2ºT.

CORINTHIANS: Cássio; Fagner (Bruno Méndez), Gil, Lucas Veríssimo e Fábio Santos; Fausto Vera (Gabriel Moscardo), Maycon, Giuliano (Ruan Oliveira) e Renato Augusto (Matías Rojas); Romero (Wesley) e Yuri Alberto.
Técnico: Mano Menezes

SANTOS: João Paulo; Lucas Braga, Joaquim, João Basso (Messias) e Dodô (Kevyson); Tomás Rincón, Rodrigo Fernández (Mendoza), Jean Lucas e Lucas Lima (Maxi Silvera); Soteldo e Marcos Leonardo (Julio Furch).
Técnico: Marcelo Fernandes
Marcelo tem sete jogos, quatro vitórias, um empate e duas derrotas desde que assumiu

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS 

João Paulo - Se não fosse o camisa 34 o primeiro tempo poderia terminar da mesma maneira que terminou no Beira-Rio. O nome do jogo. - 8,5

Lucas Braga - Defensivamente pouco comprometeu. Pegou muita dobra ofensiva sem ajuda. - 4,5

Joaquim - Novamente uma grande partida do camisa 28. Não foi muito exigido na bola aérea, por isso poderia marcar individualmente o Gil. - 6,5

Basso - Jogou apenas 10 minutos. Lesão na coxa pode preocupar. - SEM NOTA

Dodô - Bem no mano a mano, porém taticamente e fisicamente muito abaixo. Não tem mais valências para jogar na lateral. Se quiser jogar em alto nível, tem que ser na zaga. - 3,5

Rincón - Saiu de um primeiro tempo ruim para um bom segundo tempo. Vinha de botes atrasados e falhas de posicionamento. Ajustou depois. - 5,0

Fernández - Não deveria marcar o Gil individualmente nos escanteios, são 19 centímetros de diferença na altura. De resto, corroboro as palavras do seu companheiro acima. - 5,0

Jean Lucas - Excluindo até o gol contra, fez mais uma partida ruim. Não apresenta um desempenho digno do seu futebol desde o duelo contra o Palmeiras. - 3,5

Lucas Lima - Faltou ajudar mais o Lucas Braga na marcação. Pouco participativo na criação das jogadas. Poderia sair mais cedo. - 4,0

Soteldo - Fez a jogada do pênalti. Tecnicamente mais uma vez foi o diferencial. - 6,5

Marcos Leonardo - Jogou no sacrifício com dores no joelho. Foi bem ao levar cartão amarelo para ficar zerado para as rodadas derradeiras do campeonato. - 5,0

Messias - Sempre faz o feijão com arroz, mas no clássico colocou um tempero. Não comprometeu. - 6,0

Kevyson - Pouco produziu ofensivamente. Precisa voltar a ter confiança, pois pode e vai ser importante na reta final. Apesar de ter dificuldade na marcação, o Menino da Vila tem bons recursos ofensivos. - 4,5

Silvera - Sempre que entra demonstra que tem recursos. Prefiro ele próximo do gol, até mesmo como um segundo atacante. - 6,0

Furch - Mais uma vez entra bem. Deu a assistência para Silvera quase empatar. - 6,0

Mendoza - Critico quando precisa, mas fez uma reta final de partida muito elogiável. Amarelou Bruno Méndez e fez o gol de empate. - 7,0
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte.

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