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| Publicado às 20:35 deste domingo, 23 de abril de 2023 |
O drama começou. Apenas um ponto entre seis disputados. Após a derrota na primeira partida do Campeonato Brasileiro, o Santos recebeu o Atlético Mineiro na Vila Belmiro e conquistou o seu primeiro ponto na competição nacional. O jogo deste domingo (23) terminou em 0x0 e o Peixe chega ao seu quarto empate jogando em Vila Belmiro na atual temporada.
Para a partida, o técnico Odair Hellmann já sabia que não ia poder contar com o lateral Felipe Jonatan que sofreu uma lesão de LCA, porém recebeu uma surpresa. A assessoria do Peixe informou minutos antes da partida que após o treino de sábado (22), no CT Rei Pelé, o atacante Mendoza contatou o Departamento Médico do Santos FC avisando que teve contato breve com uma medicação que um familiar usou e que contém substância proibida pelo controle de doping. Daniel Ruiz o substituiu.
Sobre Mendoza, no mínimo, se o clube realmente tem um coordenador de futebol, é preciso multar o colombiano - foi juvenil.
O técnico Eduardo Coudet largou na frente de Odair Hellmann. Conforme antecipamos na live pré-jogo realizada no último sábado (22), o Peixe deveria entrar com uma linha de quatro no meio, formação que o treinador argentino acabou optando, diferente do comandante Alvinegro. Geraria superioridade ao Santos, dúvida no adversário, variação e repertório, aspecto que o time de Vila Belmiro ainda não demonstrou na temporada.
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| Formação do Atlético-MG em campo |
Aos nove minutos, o Santos teve sua única e melhor oportunidade clara de gol na partida. Lucas Lima contou com o desvio do zagueiro para dar trabalho ao ex-Santista - Everson. A bola iria entrar na gaveta se não fosse o goleiro rival.
O Santos sofreu na primeira etapa. Em apenas um minuto, dos 35 aos 36, os visitantes perderam duas oportunidades inacreditáveis. A maior delas, com Zaracho, que perdeu um gol literalmente embaixo da trave.
No segundo tempo, o Peixe cansou antes do seu adversário e por isso apenas competiu, sequer quis atacar. É a história do "soube sofrer".
O Santos mais uma vez foi colocado em campo com inferioridade tática em relação ao seu adversário. Quando ambos cansaram, conseguiu ser mais organizado.
É preciso mais compactação no campo de ataque, jogadores mais presentes no quadrado onde está a bola. A marcação rival teve facilidade quanto a isso. O Santos ainda depende muito dos cruzamentos para o baixinho Marcos Leonardo (1,73m), que inclusive não vive boa fase.
Faltou adaptar o Santos às brechas que o adversário oferecia. Mendoza seria importante, porque o Atlético-MG ofereceu muito espaço nas costas. As jogadas de velocidade foram as melhores oportunidades do Peixe na partida.
Só que para ter sucesso nos contra-ataques, não adianta toda hora Lucas Lima ficar lançando Marcos Leonardo. Era necessário mais um arco e mais uma flecha. Ângelo tá sem confiança e Ruiz é tímido demais em campo. O final era sempre o mesmo. Chegavam três marcadores em cima de um só atacante Santista - que não recebia aproximação.
Outra situação: saída com três. Os zagueiros do Santos já não têm brilhante qualidade técnica, se Rodrigo Fernández faz o terceiro homem, a falta de qualidade permanece. Se Lucas Pires segura, o lateral não tem essa característica, assim como Nathan, que ainda por cima poderia perder a bola sendo o último homem pelo tanto que segura ela.
Vai ser dificíl. Os últimos oito meses do ano serão difíceis para a nação do Alvinegro mais famoso do mundo. Que comecem os cálculos matemáticos e as rezas, para quem acredita.
O Santos volta a campo na próxima quarta-feira (26) para enfrentar o Botafogo-SP, na Vila Belmiro. A partida vai contar apenas com torcedoras mulheres e crianças. Será o último jogo de punição para o Peixe. A partida será às 19h.
Pelo Brasileirão, o compromisso é no próximo sábado (29). O Alvinegro de Vila Belmiro recebe o America-MG, às 18:30.
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Bráulio da Silva Machado (SC)
Público: 11.233
Renda: R$ 549.810,00
Cartões amarelos: Dodi, Rodrigo Fernández (Santos); Hyoran, Otávio, Mariano (Atlético-MG)
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| O Menino da Vila vem sofrendo com a falta de confiança. |
João Paulo - Salvou o Santos com três defesas importantes. Voltou a ser bastante acionado e correspondeu bem. - 7,0
Nathan - Sofreu na primeira etapa, segurando muito a bola, como um verdadeiro jogador de "freestyle" que é, mas no segundo tempo ficou mais preso na defesa e conseguiu bloquear as subidas adversárias por ali. - 4,5
Messias - Apesar da péssima saída de bola, fez uma boa partida defensivamente em especial na segunda etapa. No primeiro sofreu bastante pelo lado direito, mas no segundo bloqueou as principais jogadas aéreas do adversário. - 5,5
Bauermann - Fez sua melhor partida no ano. Encostou no Hulk como se fosse levar o atacante para casa. Criou incômodo no time rival e no segundo tempo cortou muitos lances do visitante já dentro da área Santista. - 7,5
Lucas Pires - Ficou preso na saída de três jogadores. É outro que parece sem confiança para tentar as boas jogadas individuais que faz. - 4,5
Fernández - Tem dificuldade na saída de bola. Não teria escalado como titular. - 4,5
Dodi - Corre por três no meio-campo. Se doa totalmente pela equipe. Cansou no final do jogo. - 6,5
Lucas Lima - Fez um grande primeiro tempo. O que tinha mais confiança da linha de três que fazia com Ângelo e Ruiz. Outro que cansou na segunda etapa. - 6,0
Ângelo - Na primeira chance que teve pesou a falta de confiança para finalizar. Odair trabalha diariamente com o Menino da Vila para melhorar sua finalização com as duas pernas. A partir do momento em que perdeu a grande chance, a torcida caiu em cima e não acertou mais nada. - 3,5
Daniel Ruiz - Tímido. Quero acreditar que seja posicionamento errado, mas até agora não mostrou nada com a camisa Alvinegra. - 3,0
Marcos Leonardo - Jogou como manda sua característica - dentro da área. Faltou um melhor posicionamento, ainda se esconde muito atrás dos zagueiros. - 5,0
Miguelito - Tinha que ter entrado para jogar por dentro, auxiliando o Lucas Lima nas puxadas de contra-ataque. Aberto, ficou sumido. - 5,0
Luan Dias - Fez sua estreia com a camisa do Peixe. O técnico Odair Hellman afirmou em sua coletiva pós-jogo que ele sofreu com um problema na coxa durante a partida. Isso explica o baile que vinha levando do Patrick. - 5,0
Mezenga - SEM NOTA.
Inocêncio - SEM NOTA.
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter na Web Rádio Piabanha e na Rádio 365.
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