305 MINUTOS SEM GOLS

Publicado às 20h45 deste domingo, 1 de Março de 2020.
Santos e Palmeiras ficaram num empate sem gols, pela oitava rodada do Paulistão, neste sábado (29), no Estádio do Pacaembu. O Peixe completou seu terceiro jogo sem marcar um único gol, entretanto, apesar de longe de uma apresentação digna de uma equipe competitiva e pronta para disputar títulos, o alvinegro fez a sua melhor apresentação no ano, até aqui na temporada.


O time da Vila não balança as redes desde a vitória sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, na Vila Belmiro, no dia 9 deste mês. Depois disso, houve um empate diante da Ferroviária (0-0) em Araraquara (16), a derrota em Itu (0-2) e a igualdade com o Palmeiras, neste sábado (29), sem que o clube de mais gols na história do futebol conseguisse furar a meta adversária. O último gol santista foi o segundo convertido por Sasha contra o time de Ribeirão Preto aos 10 minutos da segunda etapa.

O técnico Jesualdo Ferreira confirmou Yuri Alberto entre os titulares. O jovem que vai completar 19 anos no próximo mês e que tem contrato com o clube praiano até julho deste ano, pois ainda não renovou, não decepcionou e saiu do gramado, mesmo sendo homem de área e sem marcar gol, como o nome da partida, ao não 'pipocar' para Felipe Melo e ter dado trabalho ao experiente jogador de defesa do Palmeiras.

Pela primeira vez no ano, o Santos marcou pressão. Ao contrário dos sete primeiros jogos, onde a equipe dava espaço ao adversário para que ele pudesse avançar, para somente depois, começar a marcar, não se repetiu. Isso incomodou muito o Palmeiras. 

Durante os 26 minutos iniciais, o Peixe marcou na 'linha baixa' do rival e obrigava-os a rifar a bola. Porém, para ter postura e realizar com sucesso este tipo de marcação tem de estar com o preparo físico 'top' e para começo da temporada é bem improvável. Muito por essa razão, a equipe de Jesualdo Ferreira, não conseguiu manter a mesma agressividade na marcação quando o time de Palestra Itália tinha a bola durante a segunda metade do primeiro tempo.

Após o intervalo, o Santos perdeu dois jogadores lesionados. O volante Alison teve um trauma no joelho direito, enquanto Felipe Jonatan teve a mesma contusão, porém, no tornozelo esquerdo.O meio-campista sequer viajou para a Argentina e está vetado pelo departamento médico e não enfrentará o Defensor y Justiça, na estréia da Libertadores na próxima terça-feira (3). O ala canhoto embarcou com a delegação, mas segue como dúvida. 

Jobson na cabeça da área e Luiz Felipe de zagueiro com Luan Peres improvisado na ala, foram as alternativas da comissão técnica portuguesa para a segunda etapa do clássico. 

O alvinegro não voltou com a mesma volúpia para a fase complementar e Vanderlei Luxemburgo, técnico palmeirense, fez boa leitura de jogo e anulou as tentativas ofensivas do Peixe que insistia erroneamente, no meu entender, com Soteldo pela direita, sendo que o venezuelano, apesar de destro, render muito mais pelo lado canhoto. 

Não bastasse isso, quem jogava pela direita da defesa palmeirense era um volante improvisado e o homem da cobertura, Felipe Melo, já tinha cartão amarelo, ou seja, a chance de o camisa 10 santista funcionar do lado que ele melhor rende, era maior, mas Jesualdo não entendeu assim, e mesmo após a entrada de Arthur Gomes, o habilidoso e pequeno de estatura do ataque santista, seguiu pela direita. 

O Palmeiras teve um gol bem anulado na segunda etapa e reclamou de uma penalidade máxima de Pará em um lance que o assistente alegou impedimento, antes de a bola tocar na mão do ala santista.

O que valeu no clássico para o Santos foi o fato da primeira e mínima evolução do coletivo santista, mas repito, muito aquém de uma equipe pronta para ser protagonista, principalmente da Libertadores da América. 

O técnico Jesualdo segue 'balançando', mas ganhou sobrevida com o comportamento da equipe no próprio da municipalidade paulistana, neste fim de semana.


FICHA TÉCNICA
SANTOS 0 x 0 PALMEIRAS
Estádio do Pacaembu - São Paulo (SP)
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza
Público e renda: 18.662 pagantes/ R$ 752.580,00
Cartões amarelos: Felipe Jonatan, Lucas Veríssimo e Sanchez (SFC); Felipe Melo (PAL)
SANTOS: Everson; Pará, Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan (Luiz Felipe); Alison (Jobson), Pituca (Arthur Gomes) e Sánchez; Yuri Alberto, Soteldo e Eduardo Sasha.Técnico: Jesualdo Ferreira
PALMEIRAS: Weverton; Gabriel Menino, Felipe Melo, Gustavo Gomez e Viña (Diogo Barbosa); Bruno Henrique, Zé Rafael e Raphael Veiga (Gabriel Veron); Dudu, Willian e Luiz Adriano (Rony). Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Jesualdo podia ter ousado mais na busca dos três pontos.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Everson: Expectador de luxo na primeira etapa, trabalhou mas nos 45 minutos finais e não comprometeu. - 6,0
Pará: Bem na marcação. Não apoiou. - 5,5
Lucas Veríssimo: Pecou em algumas saídas de bola. - 5,5
Luan Peres: Bem posicionado. Não comprometeu como ala esquerda, apesar de não ter a explosão de um ala para subir a frente. - 6,0
Felipe Jonatan: Apoiou bem e até deu caneta. Deixou o campo lesionado. - 6,0
(Luiz Felipe): Entrou pela esquerda da defesa. Em um lance adiantou a bola e se Verón não adianta, podia dar uma chance real ao adversário. - 5,5
Alison: Dava segurança a defesa. Deixou a equipe no intervalo, contundido. - 6,0
(Jobson): Tem bom passe, porém, errou em algumas  saídas de bola. - 5,5
Pituca: Fez boa dupla com Felipe Jonatan no lado esquerdo. Também colocou bola entre as pernas do adversário. Deveria ter sido recuado para a cabeça de área e ter permanecido no jogo na tentativa de marcar o gol e levar os três pontos. - 6,0
Sánchez: O dinamismo de costume na tentativa de acelerar o jogo, porém, não teve a mesma produtividade. O uruguaio joga mais. - 6,0
(Arthur): Perdeu nova oportunidade de ganhar a titularidade. Entrou para dar a profundidade do lado esquerdo, mas não obteve êxito. - 5,5 
Yuri Alberto: Teve poucas oportunidades de concluir a gol. Mas quando encaixou o posicionamento, deu bastante trabalho principalmente a Felipe Melo. De todas as apostas de Jesualdo foi a que mais produziu. Fez bem o pivô, girou, abriu espaços. Ganhou pontos. - 6,5
Soteldo: Funciona mais do lado canhoto. Ganhou quase todas jogadas de Viña, mas parava na sobra de Gustavo Gomes. Pode render mais. - 6,0
Sasha: Jogou de armador. Muito bem principalmente na primeira etapa. Ótima leitura de jogo. - 6,0
Técnico: Jesualdo Ferreira: No primeiro tempo, sua proposta sobressaiu a do adversário. Acertou ao incluir Yuri e recuar Sasha. Errou nas substituições. Poderia ter recuado Pituca e lançar Evandro pra dar mais qualidade no passe. Seu maior pecado foi ter mantido Soteldo pela direita, com um ala improvisado e um zagueiro pendurado com cartão do lado em que o venezuelano mais joga. Jogo se ganha no detalhe e o técnico santista parece não ser forte nesse quesito. - 5,0


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