Publicado às 00h30 deste domingo, 27 de setembro de 2019. |
O Santos segue em queda no Campeonato Brasileiro. Depois de conseguir sete vitórias consecutivas e a liderança da competição, o time praiano coleciona apenas cinco dos últimos 21 pontos que disputou. E não existe nada ruim que não possa piorar. Na noite deste sábado (21), o Peixe sofreu sua maior derrota na Vila Belmiro, nos últimos 11 anos. Perdeu em casa para o Grêmio, na abertura do returno por 3 a 0. A última derrota acachapante em Urbano Caldeira tinha sido em 2008 diante do Goiás por 4 a 0.
Conforme o Blog do ADEMIR QUINTINO publicou com exclusividade Luiz Felipe reapareceu no miolo da zaga na vaga de Gustavo Henrique, suspenso. Pituca, conforme o Blog também bancou desde terça-feira (17), apesar do entorse que sofreu na segunda-feira (16), retornou após cumprir suspensão.
Os primeiros 45 minutos, o alvinegro teve controle de jogo, mas não agrediu. Com exceção de alguns chutes de longa distância, o goleiro Paulo Vitor foi um mero expectador. Resumindo - falta qualidade em algumas posições e verticalidade. O Peixe tinha a posse de bola, mas com pouca criação, não sabe o que fazer com ela. Os times foram para o intervalo com o placar de 0 a 0.
Mas o pior estava por vir. Na segunda etapa, logo aos 9 minutos, Marinho cometeu falta e após a cobrança, a bola sobrou para Luan que abriu o marcador para os gaúchos. Começava o calvário santista.
O treinador sabedor das limitações do seu material humano e que como diz o scout tem que chutar 10 vezes para marcar um gol, partiu cedo para o desespero. Sacou Marinho e colocou Uribe. Não fez de Sasha extrema pela direita. Colocou Sanchez, que logo em seguida saiu junto com o defensor Luíz Felipe para as entradas de Felipe Jonatan e Venuto. Alison virou zagueiro. O time terminou a partida com quatro atacantes, três laterais e apenas um defensor de ofício.
Não adianta ter um número absurdo de atacantes se não tiver a posse de bola. E o Grêmio com qualidade individual bem melhor que o Santos, time entrosado e preparado para o contra-ataque , era questão de tempo a goleada que se construiu.
Ter serenidade nesta hora, o que é muito díficil, reconhecer as limitações e seguir em busca pela vaga a Libertadores. O título com oito pontos de difrença e principalmente a falta de futebol apresentada, associado ao bom momento do Flamengo é uma utopia.
Na próxima quinta-feira (26), o Peixe enfrenta o Fluminense, no Rio de Janeiro. Gustavo Henrique deve ser a novidade.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 0 X 3 GRÊMIO
Estádio da Vila Belmiro - Santos (SP)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Junior (PR)
Público e renda: 10.898 pagantes/R$ 476.877,50
Cartão amarelo: Soteldo e Jorge Sampaoli (SFC), Everton, Michel e Diego Tardelli (GRE)
GOLS: Luan, 9'/2ºT (0-1), Pepê, 41'/2ºT (0-2), Everton, 47'/2ºT (0-3)
SANTOS: Everson; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Luiz Felipe (Felipe Jonatan, 21'/2ºT) e Jorge; Alison, Pituca e Sánchez (Venuto, 31'/2ºT); Soteldo, Sasha e Marinho (Uribe, 19'/2ºT). Técnico: Jorge Sampaoli.
GRÊMIO: Paulo Victor; Galhardo, David Braz, Kannemann e Cortez (Juninho Capixaba, Intervalo); Matheus Henrique, Michel, Alisson e Luan (Pepê, 31'/2ºT); Everton e Diego Tardelli (Thaciano, 21'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.
Marinhou não reeditou as boas performances diante de seu ex-time. |
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS:
Everson: Trabalhou bastante e apesar de não ter feito nenhum milagre, fez algumas defesas importantes. - 5,0
Victor Ferraz: Tentou armar o time pelo meio, como costumeiramente faz, por dentro na primeira etapa. Com o gol sofrido, o Santos ficou sem meio-campo na segunda etapa e sumiu junto com o time. teve dificuldades mas não foi tão mal quanto podia se imaginar no enfrentamento com Everton Cebolinha. - 5,5
Lucas Veríssimo: O melhor da defesa. Os dois últimos gols que o time sofreu foram de contra-golpes pois não tinha mais postura tática. - 6,0
Luiz Felipe: Não comprometeu. Saiu sentidores dores. À distância, pareceu ser na planta do pé. - 5,5
(Felipe Jonatan): Entrou para dar mais velocidade na bola e dar força no meio-campo, mas o setor já estava visivelmente fragilizada com as escolhas feitas pelo técnico. - 5,0
Jorge: Um dos poucos talentos individuais do Peixe, esteve discreto. Bem encaixado na marcação adversária. - 5,0
Alison: Na marcação foi bem, roubou bolas e depois virou zagueiro improvisado. - 6,0
Pituca: Um primeiro tempo interessante, Chegando a frente, como de costume, arriscou de fora da área, mas na etapa complementar sucumbiu junto com a equipe. - 5,5
Sánchez: O melhor jogador da primeira metade do primeiro turno do Brasileiro não tem repetido as boas atuações. Quando foi para a extrema do campo, onde já reclamou que não gostou de atuar, caiu de vez sua produção, na partida. O técnico tirou o 'moral' do gringo ao colocá-lo no banco em um bom momento do uruguaio no time. - 5,0
Sánchez: O melhor jogador da primeira metade do primeiro turno do Brasileiro não tem repetido as boas atuações. Quando foi para a extrema do campo, onde já reclamou que não gostou de atuar, caiu de vez sua produção, na partida. O técnico tirou o 'moral' do gringo ao colocá-lo no banco em um bom momento do uruguaio no time. - 5,0
(Venuto): A bola pouco chegou no atacante veloz. As poucas que chegaram pouco produziu. - 5,0
Soteldo: Tem talento, mas toma muita decisão errada, além de precisar melhorar o chute. Como é jovem, tem condições de corrigir. - 5,0
Sasha: Já estava bem marcado e as poucas conclusões no começo do jogo foram prensadas. Quando colocaram Uribe do seu lado - aí acabou, definitivamente. Ocupavam o mesmo espaço sem a bola chegar. - 5,0
Marinho: Mais um que tomou diversas decisões erradas na partida. Tem um bom um contra um, mas precipita-se em alguns instantes. Originou a falta do primeiro gol. - 4,5
(Uribe): Quando matou um belo contra-ataque e ainda restavam, dez minutos do fim, minha saúde me pediu para eu me retirar do estádio e foi o que fiz. O centroavante que veio para resolver os problemas do Santos não marca um gol desde janeiro e num torneio não oficial, a Flórida Cup, pelo seu clube antecessor, o Flamengo. O triste de ter jogador de qualidade técnica duvidosa é que uma hora ele tem de entrar. - 4,0
Sasha: Já estava bem marcado e as poucas conclusões no começo do jogo foram prensadas. Quando colocaram Uribe do seu lado - aí acabou, definitivamente. Ocupavam o mesmo espaço sem a bola chegar. - 5,0
Marinho: Mais um que tomou diversas decisões erradas na partida. Tem um bom um contra um, mas precipita-se em alguns instantes. Originou a falta do primeiro gol. - 4,5
(Uribe): Quando matou um belo contra-ataque e ainda restavam, dez minutos do fim, minha saúde me pediu para eu me retirar do estádio e foi o que fiz. O centroavante que veio para resolver os problemas do Santos não marca um gol desde janeiro e num torneio não oficial, a Flórida Cup, pelo seu clube antecessor, o Flamengo. O triste de ter jogador de qualidade técnica duvidosa é que uma hora ele tem de entrar. - 4,0
Técnico: Jorge Sampaoli: Escalou bem o time, mas não tem qualidade em determinadas posições. Também não tem o jogador diferente de quando o duelo é equilibrado, este se existisse - para resolver a favor. No segundo tempo, errou em todas as alterações. Manteve quatro atacantes sem a posse de bola, o meio campo parecia mulher do caís, todo aberto. Arriscou novamente e pagou por isso. Mais uma goleada na sua conta. Pagou pela falta de pontaria e criatividade de sua equipe que tem limitações. - 4,5