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Publicado às 01:51 desta quinta-feira, 17 de abril de 2025 |
Já diria o gênio e revolucionário Johan Cruyff: “Jogar futebol é muito simples, mas jogar futebol simples é a coisa mais difícil que existe”. César Sampaio posicionou o time em um treino - e um jogo -, o que Caixinha não fez em três. O ex-volante como técnico interino trouxe a primeira vitória do Peixe no Brasileiro por 2x0, com gols de Zé Ivaldo e Barreal em cima do Atlético-MG.
O Alvinegro perderá a 12ª colocação em razão do confronto Cruzeiro x Bahia nesta quinta-feira (17), mas uma coisa é fato: não volta para o Z4 nesta rodada.
Além disso manteve uma sina que não acontece desde 2013, último ano que o time de Vila Belmiro passou as quatro primeiras rodadas sem vencer.
Sampaio fez três mudanças no time titular. Bontempo substituiu Pituca, Barreal entrou na vaga de Thaciano e Neymar, após 45 dias voltou a ser titular e tomou o lugar de Rollheiser que depois entraria na vaga do craque aos 32 minutos.
Além dessas alterações de nome, o posicionamento foi alterado na zaga. Zé Ivaldo foi para direita e Gil jogou pelo lado canhoto. Por isso, o camisa dois fez a jogada do escanteio que gerou o gol dele próprio aos 23 minutos.
Apesar da oportunidade do Alvinegro de posicionar-se no losango, Barreal foi um ponta-direita e Bontempo ficou como segundo volante. O argentino inclusive, merece o "bicho" do Godoy e Chermont juntos, porque marcou de forma incessante o corredor adversário.
Dessa forma saiu o segundo tento aos 26 minutos. O argentino desarmou a bola pelo corredor destro, serviu Tiquinho, que encontrou Bontempo em velocidade para novamente acionar Barreal, dessa vez para completar a jogada para o fundo da rede.
Com 32 minutos, Neymar novamente sentiu a posterior da coxa entrou Rollheiser.
Não sei se tem a ver com a saída do craque, ou o fato do placar ser favorável, mas o Alvinegro deixou a bola com o time de Cuca para expolorar as jogadas em transição.
Além dos nomes, se tem dois pontos que Sampaio tirou o vício do elenco em relação ao trabalho de Caixinha, foi o desespero em pressionar alto, o que gerava falta de proteção, e a marcação individualizada na saída de bola, que se tornou por zona num 4-4-2.
"Na minha opinião, nessa pressão individual, independente do setor, você corre risco. Tem que fazer compensações. Na pressão por zona, você tem paraquedas se der errado. Vai do estilo e da característica de cada treinador. Foi também para deixar o Ney com função de criação e finalização. Depender menos dele na fase defensiva. Depois, temos que aceitar o que o jogo pede. Aí fizemos um jogo de transição", disse Sampaio.
Eu não lembro a última vez que Brazão passou um tempo inteiro sem fazer uma defesa difícil.
No segundo tempo, também na base da transição e da ótima triangulação que aconteceu diversas vezes com êxito, o Peixe criou grandes oportunidades, duas vezes Rolheiser encurtou o passe e na derradeira Rincón iria fazer um gol de placa, mas pecou na finalização.
Ao contrário do jogo contra o Fluminense, apesar da posse de bola Santista ter sido muito inferior em relação ao seu adversário, o time da casa teve número de desarmes superior. 37%x63% na posse. 19x14 nos desarmes.
Para dizer que não falei das flores, o Alvinegro de Vila Belmiro sofreu defensivamente quando Rollheiser, que não marca nem consulta no oftalmologista, nem no dentista, foi jogar pela direita num hiato de 12 minutos - entre 74 e 86 -, quando Thaciano entrou no time e deu suporte para Chermont.
Por outro lado, o Santos deu uma aula de cobertura e preenchimento de espaços sob todos os aspectos - com e sem bola. O time da casa parecia estar com mais atletas em campo. Sampaio, em sua estreia, deu aula de leitura de jogo e conhecimento de elenco.
Caso o Alvinegro não encontre um treinador até o final de semana, o treinador interino seguirá no comando do time até domingo de Páscoa (20), quando visita o São Paulo no primeiro clássico no Brasileirão para o time Santista.
Neymar teve uma reincidência da sua lesão e não deve enfrentar uma de suas principais vítimas em solo nacional. Enquanto o craque esteve em campo contra o Galo o time teve outra dinâmica na criação de jogadas. Com ele o aproveitamento é de 62,9%. Com sua ausência cai para pouco menos de 30%.
Provavelmente ele não jogue o clássico, que Sampaio e sua comissão possam encontrar o melhor para a equipe crescer também sem seu camisa 10.
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