DURA REALIDADE

Publicado às 04:29 desta sexta-feira, 07 de novembro de 2025
(*) Pedro La Rocca

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Bateu tanto na porta da zona, que agora entrou de vez. A derrota por 2x0 para o Palmeiras era absolutamente normal e esperada dentro dos recentes desempenhos de ambas equipes. Vitor Roque marcou em duas oportunidades para tirar os 100% de aproveitamento de Vojvoda em clássicos pelo Peixe.

O treinador argentino mexeu em metade dos titulares do empate contra o Fortaleza. A linha de defesa só não foi alterada embaixo da trave, mas Igor Vinícius, Adonís, Luan Peres (este suspenso) e Escobar foram preteridos para as entradas de Mayke, Alexis, Zé Ivaldo e Souza. 

No meio-campo, Arão foi novidade na vaga de Schmidt. O camisa 15 era volante quando o Alvinegro tinha a bola, mas se tornava um líbero na linha de três quando a posse era do rival. 

Por fim, Robinho Jr. fez sua primeira partida como titular no seu nono jogo como profissional. O jovem Menino da Vila entrou na vaga de Rollheiser que ficou no banco de reservas.

Neymar, apesar de ter pedido para figurar entre os suplentes, foi barrado pela comissão e DM por conta do gramado sintético ser uma ameaça de uma possível nova lesão.

A postura do Santos na capital já demonstrava que o empate seria comemorado como se fosse título nos lados de Urbano Caldeira, vide que apenas na primeira etapa os mandantes finalizaram 16 vezes e Brazão operou milagres. 

O Peixe conseguia jogadas em velocidade, mas parava na falta de refino do seu ataque (leia-se Lautaro). Com 22 minutos Arão até abriu o placar, mas o gol foi bem anulado por impedimento. O caminho estava escrito, contra-ataque ou jogo aéreo. 

O problema começou quando o Santos cresceu no jogo a partir desse momento, achou que daria para se abrir mais e acabou sofrendo uma "facada" nas costas.

No segundo tempo, o time de Vojvoda resolveu subir as linhas e partir para a trocação com o rival. Péssima ideia. Entre os minutos 66 e 79 saíram dois gols parecidos. Vitor Roque sendo mais rápido que a zaga Santista e sendo servido com maestria pelos companheiros. 

O atual momento talvez seja o mais crítico da temporada. Não apenas pelo fato de ter entrado de vez no Z4, mas sim porque se der a lógica nos próximos jogos, o Peixe permanece nele por algum tempo. 

Isso é um perigo. Outros times estão acostumados a ter essa disputa. O Santos não.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 0 SANTOS

Competição: Campeonato Brasileiro (32ª rodada)
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Cartões amarelos: Flaco Lopez (PAL) e  Zé Rafael e Mayke (SAN)

Gols: Vitor Roque, aos 21’/2ºT (1-0) e aos 34’/2ºT (2-0)

PALMEIRAS: Carlos Miguel, Khellven (Giay, aos 40’/2ºT), Bruno Fuchs, Gómez e Piquerez; Emiliano Martinez (Raphael Veiga, aos 16’/2ºT), Andreas Pereira, Mauricio (Felipe Anderson, aos 10’/2ºT)  Ramon Sosa (Allan, aos 10’/2ºT); Flaco López e Vitor Roque (Facundo Lopez, aos 40’/2ºT). 
Técnico: Abel Ferreira

SANTOS: Gabriel Brazão; Mayke (Guilherme, aos 35’/2ºT), Zé Ivaldo, Alexis Duarte e Souza; Willian Arão, Zé Rafael (João Schmidt, aos 40’/2ºT) e Victor Hugo; Robinho Jr (Caballeiro, aos 19’/2ºT), Barreal (Rollheiser, aos 35’/2ºT) e Lautaro Díaz (Thaciano, aos 19’/2ºT). 

Técnico: Juan Pablo Vojvoda

Vojvoda perdeu os 100% de aproveitamento em clássicos

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

Brazão - Fez 11 grandes defesas. O nome do jogo no lado Santista. - 8,0

Mayke - Ofensivamente nulo. - 4,5

Alexis - Apesar de ter velocidade, vai muito mal nos duelos individuais. Não pode dar a liberdade que deu a Roque para correr tantos metros no segundo gol. - 4,5

Zé Ivaldo - Estava bem no jogo até falhar no primeiro gol. Perde uma disputa fácil para Flaco Lopéz e ainda não vence na velocidade. Não anula sua boa partida, mas o erro influenciou no resultado. - 5,5

Souza - Defensivamente não comprometeu e não foi tão presente no ataque como em outros momentos. - 5,5

Arão - Alternou entre primeiro volante e terceiro zagueiro. Análise muito parecida com a de Zé Ivaldo. Fez grande clássico, especialmente no jogo aéreo, mas perde a bola que origina o segundo gol adversário. - 6,0

Zé Rafael - Diversas vezes carregou o piano. Não foi brilhante como em outras vezes, mas bem o trem bala da baixada. - 6,0

Victor Hugo - Finalizou duas vezes com perigo no primeiro tempo e obrigou Goméz a afastar em cima da linha após tentativa de bicicleta no segundo. Falta intensidade, mas tem muita qualidade. - 5,5

Barreal - Apenas discreto. Bem nas bolas paradas, onde o Alvinegro levou mais perigo. - 5,5

Robinho Jr. - Não tão participativo como no final de semana, mas sempre que a bola passava pelo seu pé algo promissor acontecia. - 6,0

Lautaro - Tomadas de decisão erradas e qualidade técnica duvidosa estão tirando espaço de um menino. Aliás, poderia estar, porque quem deveria estar jogando (Luca) está na Ucrânia. - 4,0

Caballero - Começou como ponta e virou ala. Burocrático. - 5,0

Thaciano -  Voltou a jogar após mais de um mês e foi como centroavante. Subiu o nível em relação ao Lautaro. 6,0

Rollheiser - SEM NOTA

Guilherme - SEM NOTA

Schmidt - SEM NOTA

 (*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte. 

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