ALÍVIO, PORQUE EXISTE BRAZÃO

Publicado às 22:33 desta quinta-feira, 01 de maio de 2025
(*) Pedro La Rocca

Três jogos sem vencer e uma crise que parece sem fim. Na estreia de Cléber Xavier e no retorno do Santos para a Copa do Brasil o resultado foi decepcionante. 1x1 na ida da terceira fase contra o CRB - clube que o Peixe não venceu na série B do ano passado. Rollheiser abriu o placar e Breno Herculano empatou o jogo para os alagoanos.

A nova comissão teve apenas dois treinamentos antes do duelo e fez uma alteração no time titular. Luisão pagou pelo erro do último jogo e Aderlan, após nove meses, voltou a ser titular e conseguiu atuar por 64 minutos.

Apesar da disparidade técnica e de investimento de uma equipe para outra, o Santos de Xavier empatou na posse de bola com o adversário, mas foi inferior no quesito nos primeiros 45 minutos. E as grandes oportunidades também.

Thiaguinho com apenas sete minutos recebeu grande passe de Danielzinho e finalizou para grande defesa de Brazão - o cara do jogo. 

Nas minhas contas, foram três jogadas da famigerada bola aérea que percorreram toda grande área Santista e só foi cortada pelo atleta do lado oposto. Coloco que foram 40 minutos do time adversário - com uma exceção para o chute de Guilherme aos 26 minutos. 

Só aos 44 minutos, onde o goleiro Matheus Albino fez três defesas e duas milagrosas, o Peixe começou o seu abafa e nesse momento saiu o gol - no escanteio pós ótima sequência do guarda-redes adversário. Schmidt "cascou" para Rollheiser completar.

No intervalo, Cléber Xavier sacou Guilherme e, de acordo com o treinador, com mais uma lesão muscular. Deivid entrou como ponta-esquerda, depois virou atacante, mas das duas formas entrou, se não de forma brilhante, com personalidade.

Da mesma forma entrou Mateus Xavier aos 69 minutos, momento em que o Peixe cresceu na partida. O menino tem personalidade, assim como o Presidente, tem que deixá-lo jogar. O guri acertou todos os passes e ainda deixou Escobar em condições para cruzar a 10 metros do gol.

Tanto o menino, quanto Rollheiser enquanto teve perna, demonstravam as movimentações para os companheiros, mas na maiora das vezes não eram compreendidos. 

"Deivid entrou tão bem no jogo passado e nesse, como Mateus [Xavier]. Tem outros meninos como Hyan. Precisa de tempo, de eu descer para olhar os jogadores, conversar com a comissão, para dar esse espaço. Luca entrou hoje também, mas em uma função que não é a dele. Mas, sim, vão nos dar para esses jogos em sequência uma alternativa muito boa, principalmente o Mateus e o Deivid", disse Cléber Xavier.

Momentos antes, aos 57, a zaga Santista tentou afastar a bola em duas oportunidades, mas sobrou para Breno Herculano que empatou o placar. O Peixe abusou das bolas longas na primeir etapa e na segunda veio a conta. 

Apesar da leve melhora Santista com os meninos, quem teve a grande chance do jogo foi o CRB, com pênalti cometido por Gil - que minutos antes falhou no primeiro gol. Santo Brazão fez milagre e evitou uma tragédia ainda maior. 

O Santos volta a campo no próximo domingo (04), às 16h, para enfrentar o Grêmio pela sétima rodada do Brasileirão. Após isso, serão oito dias livres de preparação até pegar o Ceará no dia 12.

"Quando tivemos espaço maior, começaremos a identificar e colocar alguns conceitos nossos, que alguns são diferentes do treinador anterior. A marcação por exemplo, a gente trabalha com conceito mais zonal e o Pedro trabalhava individual", disse novamente o comandante.

O jogo de volta da Copa do Brasil, em Maceió-AL, será no dia 22/05. Uma vitória classifica o Alvinegro.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 X 1 CRB

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Lucas Paulo Torezin (PR)
Cartões amarelos: Leo Godoy (Santos); Segovia, Breno Herculano (CRB)
Cartão vermelho: Escobar (Santos)
Público: 10.350
Renda: R$ 555.007,50

GOLS: Rollheiser, aos 46 do 1ºT (Santos); Bruno Herculano, aos 12 do 2ºT (CRB)


SANTOS: Brazão; Aderlan (Leo Godoy), Zé Ivaldo, Gil e Escobar; João Schmidt, Diego Pituca (Rincón) e Rollheiser (Luca Meirelles); Veron (Mateus Xavier), Tiquinho e Guilherme (Deivid Washington).
Técnico: Cléber Xavier.

CRB: Matheus Albino; Weverton, Segovia, Henri e Matheus Ribeiro; Higor Meritão, Gegê e Danielzinho; Douglas Baggio (David da Hora), Thiaguinho e Breno Herculano.
Técnico: Eduardo Barroca.
Rollheiser foi o melhor do Santos no jogo
NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

Brazão - Se não é o goleiro Santista, a confusão do lado de fora da Vila poderia ter sido muito pior. Evitou uma derrota no primeiro tempo. - 8,0

Aderlan - Taticamente é superior aos seus companheiros, mas cansou no segundo tempo e não foi tão ativo no campo ofensivo. Normal para quem está voltando de LCA. Participou do erro do segundo gol. - 5,0

Gil - Não foi a noite dos sonhos para o camisa quatro, que falhou no gol e fez um pênalti infantil. Não passa por uma questão técnica, mas sim física. Não tem a mesma agilidade de outrora. Isso atrapalha na saída de bola também, especialmente quando o Alvinegro precisa propor. - 3,5

Zé Ivaldo - Fez um grande primeiro tempo, mas no segundo deixou as costas livre para o adversário em duas oportunidades. Não quebrou linhas com passes, como já fez num outro momento e teve oportunidades. Estava sem confiança na reta final do jogo. - 4,5

Escobar - Foi expulso, mas fez um gol para o Santos, porque o adversário sairia na cara da meta. - 5,5

Schmidt - Vendo do campo fica nítido o quão é penso para a esquerda. Rollheiser morreu de fome quando a bola estava com o volante. Entrada da área muito desprotegida. - 4,0

Pituca - Fez bons 30 minutos iniciais, fazendo arrastadas pela esquerda, mas depois parou. Tem responsabilidade junto com Schmidt ao deixar a entrada da área desprotegida. - 4,5

Rollheiser - Está crescendo partida após partida. Jogador de mais capacidade de observar o jogo do meio para frente. Está a frente dos companheiros na movimentação. Pode finalizar mais, tendo em vista que tinha média altíssima no quesito quando estava no Estudiantes. - 6,5

Verón - Quando tomava boas decisões pecava na finalização e o contrário acontecia também. - 4,5

Tiquinho - Recebeu muita bola quadrada e principalmente em velocidade. Não tem essa característica. - 5,0

Guilherme - Segue sem confiança alguma. Por ele, precisa ir ao banco. - 4,5

Deivid - Deu movimentação e personalidade ao ataque Santista, seja pela esquerda ou por dentro. Precisa começar o jogo no domingo (04). - 6,0

Godoy - Oscilou demais durante os pouco mais de 30 minutos que esteve em campo. Em duas oportunidades deixou uma Sapucaí nas costas. - 4,5

Rincón - Por conta da sua agilidade maior em relação ao Schmidt deveria ter entrado na cabeça de área. Como segundo volante ficou apagado. - 5,0

Xavier - Repito o que disse acima. Acertou os oito passes que tentou e deu um passe quebrando linha para Escobar dentro da área. Não estava com todo entrosamento com Escobar, mas quando recebeu a bola foi perigoso. - 6,0

Luca - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo, repórter na Energia 97FM e no Esporte por Esporte. 

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