SANTOS SOFRE VIRADA E FICA COM VICE NO PAULISTA

Publicado às 00:55 desta segunda-feira, 08 de abril de 2024
(*) Pedro La Rocca

Depois de vencer o jogo de ida na Vila por 1x0, o Santos foi ao Allianz Parque com a missão de segurar o resultado, mas não saiu com missão cumprida. Veiga (pênalti) e Aníbal Moreno decretaram o 2x1 no placar agregado e, consequentemente, o 26º título estadual do rival. 

Para o grande clássico desse domingo (07), Carille não contou com Furch na totalidade do jogo, pois o argentino tem problemas no adutor e só podia atuar em parte do segundo tempo. Por isso, Morelos foi titular. Aderlan retomou a sua vaga na lateral-direita, após problemas na coxa.

A primeira chance foi do Santos. Com cinco minutos, Pituca obrigou Weverton a buscar uma bola na gaveta. Foi a primeira e única oportunidade Alvinegra na etapa inicial. 

Um Santos que viu Gil salvar em cima da linha, Lázaro perder gol feito e Murilo quase deixar Aníbal na divisão do gol com bola, não poderia sair ileso nos 45 minutos iniciais.

Weverton cobrou tiro de meta rápido para Endrick. João Paulo e Felipe Jonatan não se comunicaram e o goleiro Alvinegro chegou atrasado na dividida com o atacante. Pênalti. Veiga converteu aos 32 minutos. A bola estava rolando na reposição, mas eu achei penalidade.

Falar que o Santos competiu é uma coisa e uma verdade. Agora falar que o time de Carille foi ao Allianz para jogar - uma inverdade. No estádio dava para ver o treinador Santista pedindo para seu time sair de trás.

O gol da virada veio aos 21 da etapa final. Jogada óbvia do time de Abel. Flaco López recebe cruzamento na segunda trave e escora para alguém - vez de Aníbal Moreno ser presenteado. 

No desespero, o Santos ainda teve grande chance perdida com Guilherme e perto do final, Gil errou um cabeceio livre na pequena área.

Mais uma vez o problema da frente da área de João Paulo estava visível. Quando o Palmeiras juntava quatro\cinco jogadores no meio, era um abraço para Pituca e Schmidt.

Eu não sou engenheiro de obra pronta para falar depois que não escalaria o time que foi titular - pois assim eu faria. Inclusive com Morelos, caso Furch de fato não tivesse condição.

Foi o melhor time da série A, contra o melhor time da série B. A vitória Alviverde era o mais esperado. Mas time com o tamanho do Santos, não pode tomar dois gols da maneira que tomou. 

Vestindo a camisa de qualquer clube, mas principalmente a do Santos, não se pode entrar numa final com a desconcentração que o time entrou. Final não permite erros - e o Alvinegro foi castigado.

O Peixe perdeu a chance de se tornar o maior campeão Paulista do século de forma isolada, com oito títulos.

Agora é juntar os cacos, porque vai começar a interminável série B.

O time de Carille precisa de contratações (pelo menos três), se não quiser ser surpreendido pela traiçoeira competição.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 0 SANTOS

Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Árbitro: Raphael Claus
Cartões amarelos: Abel Ferreira, Endrick, Zé Rafael, Mayke (Palmeiras) Aderlan, Gil, Morelos (Santos)

GolsRaphael Veiga, aos 32 do 1ºT, e Aníbal Moreno, aos 22 do 2ºT (Palmeiras)

PALMEIRAS: Weverton; Mayke, Gustavo Gómez (Luan), Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno, Zé Rafael (Richard Rios) e Raphael Veiga; Lázaro (Luis Guilherme), Endrick (Marcos Rocha) e Flaco López (Rony)
Técnico: Abel Ferreira

SANTOS: João Paulo; Aderlan (JP Chermont), Gil, Joaquim e Felipe Jonatan (Hayner); João Schmidt, Diego Pituca (Weslley Patati) e Giuliano; Otero (Pedrinho), Guilherme e Morelos (Furch).
Técnico: Fábio Carille
Pituca recebeu a taça de vice-campeão Paulista

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS

João Paulo - Falhou no primeiro gol. Faltou comunicação com Felipe Jonatan. É seu crônico problema - saída do gol. - 4,5

Aderlan - Ficou na caça do Lázaro durante uns 30\40 minutos, depois cansou. Bem tecnicamente falando, mas pecou em certos momentos na marcação, principalmente para fechar os cruzamentos de Piquerez. - 5,5

Gil - Salvou uma bola no início que poderia ter sido a abertura do placar mais rápida. Muito seguro. O melhor do time. - 6,5

Joaquim - Bem pelo alto, mal pelo chão. Ainda falta experiência. - 5,5

Felipe Jonatan - O camisa três conhece o João Paulo há pelo menos cinco anos. Já não sabe que ele não sai do gol? Então por que não deu um chutão para o alto para afastar o perigo. Custou o zero no placar. 17 perdas de posse de bola. - 3,5

Schmidt - Sempre atrasado no primeiro tempo e não conseguiu ajudar na ligação rápida do time. Melhorou levemente no segundo. - 5,0

Pituca - Bem nas coberturas, mas sofreu um pouco com a superioridade do rival no corredor central. Deu bom passe para Guilherme perder o gol na segunda etapa. - 5,5

Giuliano - Ainda não pegou o ritmo físico, mas compensa tecnicamente. Precisa jogar com o time construindo e não destruindo como foi na decisão - 5,5

Guilherme - Perdeu um gol cara a cara com Weverton aos seis da etapa final. Foi parado pelo Mayke. - 4,0

Morelos - Dois duelos ganhos pelo alto de nove tentados. Apanhou da bola. - 4,0

Otero - O pequenino não repetiu as boas atuações. Intensidade zero. - 4,5

Furch - Deu pouco perigo ao gol de Weverton. Jogou no sacrifício. - 5,0

Chermont - Foi colocado na fogueira e logo tomou dois dribles de Luis Guilherme. Otero não lhe ajudava nem a pedra. - 5,5

Hayner - Jogador que não pensa, não pode jogar 32 minutos de uma decisão. - 3,0

Pedrinho - Fez fumaça quando foi para a esquerda, mas nada que mudasse o jogo. - 5,5

Patati - SEM NOTA
(*) Pedro La Rocca - Estudante de jornalismo e repórter no Esporte por Esporte. 

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