CLASSIFICADO, PORÉM, DERROTA INADMISSÍVEL

Publicado às 08h20 desta sexta-feira, 18 de Maio de 2018.
O Santos está classificado para as quartas de finais da Copa do Brasil. Na noite desta quinta-feira (17), o alvinegro com um futebol econômico, perdeu para o Luverdense, em Lucas do Rio Verde-MT, por 2 a 1. Como havia goleado na partida de ida, na baixada, por 5 a 1, garantiu a passagem a próxima fase da competição, entretanto, a derrota para um adversário que disputa a série C do futebol nacional, com um futebol sofrível não foi nenhum pouco bem digerida.

Conforme o Blog do ADEMIR QUINTINO garantiu em primeiríssima mão na noite de segunda-feira (15), o time viajou para o interior do Mato Grosso sem Victor Ferraz, David Braz, Alison, Gabriel Barbosa e Rodrygo entre alguns titulares. Jair Ventura colocou um time alternativo em campo, onde teoricamente apenas o goleiro Vanderlei (e talvez o meio-campista Jean Mota que atuou na lateral) sejam titulares. Era a chance dos atletas que pouco atuam ,demonstrarem seu potencial, contudo, desperdiçaram nova oportunidade, pois o futebol apresentado pelo Santos foi bem fraco.

O time da Vila ainda saiu na frente, após a saída de bola errada dos donos da casa, o cruzamento de Daniel Guedes de canhota e o gol contra de Paulinho. Mas ainda no primeiro tempo, os mato-grossenses igualaram o placar. 

Logo no inicio da etapa complementar, após bela cobrança de falta, o Luverdense viraria o jogo com Itaqui e mesmo com valores individuais indiscutivelmente de maior quilate que o adversário, o Peixe foi uma caricatura mal feita de um time de futebol. 

O fato de ter que se deslocar de ônibus de Cuiabá a Lucas de Rio Verde por cerca de quatro a cinco horas, não me parecem suficientes para a letargia e o péssimo desempenho do futebol alvinegro, neste meio de semana. Aceito o desentrosamento do time reserva, entretanto, as linhas distantes, a falta de uma melhor compactação, jogadas ensaiadas, ultrapassagens, não existem, inclusive, muda pouco quando atuam os titulares. 

O Santos tem apenas um esquema e forma de jogar. Recuado e explorar os contra-ataques. Falta criatividade do treinador que usou "propaganda enganosa" quando afirmou que não tinha como tirar o DNA ofensivo santista, assim que assumiu o clube e o que se vê é um time reativo, que se preocupa muito em defender e joga atrás da bola.

Que o elenco é carente de melhores valores em algumas posições, é fato, mas falta também falta um trabalho melhor. Já vi times com pior material humano, apresentar um futebol melhor do que o time da Vila, no próprio campeonato nacional. O Santos perdeu 10 dos seus últimos 27 jogos, sob o comando de Ventura, desde que ele assumiu o clube. E para não dizer que não falei das flores, a direção também precisa ousar. O discurso de que o dinheiro acabou é muito simplista. Todos que se candidataram ao posto de mandatário do clube, no fim do ano passado, sabiam que os cofres estão vazios. 

Que a derrota pouco significa em termos de classificação é uma verdade, mas, não podemos ser passivos e aceitar um time bi-campeão do mundo, ser batido da forma que foi como normal. É o nome do Santos que estava em campo. Inadmissível o  Santos finalizar sete vezes e o Luverdense 16.

A equipe volta a campo pelo Brasileiro, neste domingo (20), diante do São Paulo, no Morumbi. Os titulares retornam. Na Copa do Brasil, o alvinegro tem de aguardar o sorteio da CBF para saber qual será o seu adversário.

FICHA TÉCNICA
LUVERDENSE 2 X 1 SANTOS
Estádio Passo das Emas, Lucas do Rio Verde (MT)
Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ)
Público/renda: Não disponibilizados
Cartões amarelos: Paulo Renê (LUV), Daniel Guedes e Copete (SFC)
Gols: Paulinho (contra) (15'/1ºT) (0-1), Paulo Renê (31'/1ºT) (1-1), Itaqui (1'/2ºT) (2-1)
LUVERDENSE: Diogo Silva; Itaqui, André Ribeiro, Kaíque e Paulinho; Moisés (Rubinho, no intervalo), Lorran e Diogo Sodré (Élton, aos 12'/2ºT); Rafael Silva, Lucas Braga e Paulo Renê (Ariel, aos 29'/2ºT). Técnico: Luizinho Vieira.
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Jean Mota; Yuri (Calabres, 1' 2o.T), Diego Pituca e Vecchio (Vitor Bueno, aos 12'/2ºT); Arthur, Copete (Sasha, aos 26'/2ºT) e Yuri Alberto. Técnico: Jair Ventura.

O Peixe aguarda o sorteio da CBF para conhecer seu próximo adversário na Copa do Brasil.

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS
Vanderlei: Não classifico como "frango", mas um goleiro da qualidade do Vanderlei em outras circunstâncias não sofreria o primeiro gol que levou. Tem muito crédito. - 4,5
Daniel Guedes: Belo cruzamento de canhota no gol contra de Paulinho, o único do Santos. Não marcou bem e deixou espaços em seu setor. - 5,0
Luiz Felipe: Não comprometeu na primeira etapa e até teve boa saída de bola. Caiu com o time nos 45 minutos finais. - 5,0
Gustavo Henrique: Faltou sorte no lance do gol. O defensor escorregou antes da conclusão do adversário. - 4,5
Jean Mota: Não apoiou e cedeu alguns espaços. - 4,5
Yuri: Está com pouca sorte. Teve uma lesão no começo do ano que o afastou por um longo período, voltou, sofreu outra e deixou de jogar no fim de semana após uma faringite. Um bom chute de fora da área no começo do jogo. Precisa readquirir ritmo. - 5,0
(Calabres): Podia ter começado o jogo. Após sua entrada, o meio-campo teve uma dinâmica um pouco melhor. - 5,5
Pituca: Tem qualidade e apesar de não ser tão veloz na intensidade, tem uma dinâmica de jogo satisfatória. Pode ser melhor aproveitado. Podia levar nota melhor, mas foi dele o passe errado que proporcionou a jogada do primeiro gol dos mato-grossenses. - 5,5
Vecchio: Teve dificuldade para armar o time. O argentino é segundo volante e não coordenador de jogadas. - 5,0
(Vitor Bueno): Teve uma chance de gol no final da partida. Até tentou algumas assistências na diagonal. Tem mais futebol do que tem apresentado ultimamente. Ainda não foi o Vitor Bueno do fim de 2015 e a revelação do Brasileiro de 2016, após voltar de lesão. - 5,0
Arthur: Recebeu muitas bolas de costas. As poucas que tinha condições de dar sequência. Não evoluíram. É dúvida para o clássico após sofrer entorse no tornozelo. - 4,5
Copete: Como caiu o futebol do atacante estrangeiro com o maior número de gols da história do clube. -4,0
(Sasha): Quando entrou a casa já estava arrombada. Pouco pode fazer. - 5,0
Yuri Alberto: Estava com tesão de aproveitar a oportunidade. Ligado no jogo, roubou bola, finalizou. O menos pior do time. - 5,5
Técnico: Jair Ventura: O time foi o retrato da face do treinador de pé na área técnica. Disperso, sem reação. Acertou em poupar os titulares para a sequência do Brasileiro, porém, precisa se reinventar e não jogar apenas fechado nos contra-ataques. O Santos de hoje só tem um padrão. Se defender. - 4,0

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