SAÍDA PELA ESQUERDA

Publicado às 09h38 desta sexta-feira, 30 de janeiro de 2015.
O volante Arouca faz parte do passado na vida do Santos. Ele será anunciado em breve pelo Palmeiras. O jogador que chegou a entrar na justiça contra o alvinegro, assinou um acordo com o clube da Vila que o deixa livre.

Pelo que o Blog do ADEMIR QUINTINO apurou o ex-camisa 5 santista retirou a ação que pleiteava no valor de R$ 13 milhões, o Palmeiras assume os R$ 2,4 milhões entre vencimentos atrasados, luvas e premiações que o Santos lhe deve e o Peixe ainda continua com 40% dos direitos econômicos do jogador, além dos 350 mil salários que o time santista deixa de pagar. O time de Palestra Itália fica com outros 40% e a TEISA com 20% (o Peixe tinha dado 40% de Arouca ao fundo de investimento como garantia de outra negociação e se comprometeu a pagar em breve como ilustra trecho da ata abaixo).


Penso que o acordo ficou ótimo para as três partes. O Palmeiras interessado no jogador, o Santos que corria o risco de pagar multa milionária e o próprio atleta que queria ir embora, mesmo com mais dois anos de contrato com o clube. 

Porém, cabe uma reflexão sobre o tema. O primeiro é que jogadores que tem identidade com algum clube é cada vez menor. Ainda assim, penso que existem diversas maneiras de se deixar uma agremiação, principalmente com uma história vitoriosa, como a de Arouca.  

O dia que a carreira de um atleta acabar é do passado que ele será lembrado, mas cada um tem seu livre arbítrio e faz a sua escolha.

Ficar meses sem receber realmente é desagradável e preocupante, porém, não se apaga uma história com uma atitude radical dessas. O jogador chegou por baixo em 2010, onde amargava o banco do São Paulo em uma troca por empréstimo com Rodrigo Souto e se reergueu com o manto alvinegro.

Pelo Santos, Arouca disputou 267 partidas, marcou seis gols e conquistou seis títulos.

Ao contrário do que fez o volante, o zagueiro Edu Dracena saiu do Santos pela porta da frente. O até então capitão da equipe não queria deixar a Vila Belmiro, porém com diferenças pessoais com o "trainee" a gerente, o ex-lateral-esquerdo Léo, parcelou em 10 vezes os vencimentos de 2014 que tinha a receber e foi seguir a sua carreira, agora no rival.

O ex-camisa 2 do Peixe chegou a comprar cestas básicas e distribuir aos funcionários no período em que o clube atrasou salários aos mesmos. 

Algo parecido com o que fez o novo reforço do SCCP, fez o argentino Montillo, que quando deixou a Vila Belmiro para ir para o futebol chinês pegou R$ 10 mil e dividiu com funcionários do CT, desde a cozinheira até a camareira.


Sair pela porta da frente é fundamental, principalmente após afirmar dias antes através de sua assessoria que "reiterava o seu carinho pelo Santos, clube que se tornou sua segunda casa e com quem sempre teve uma relação transparente, e descartava essa possibilidade" de buscar a quebra do contrato de forma unilateral, via justiça. 

Na vida, muitas portas se abrem e se fecham. Tudo depende da maneira que agimos e reagimos. 

O Santos é maior do que qualquer jogador.

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