ENXUGAR A FOLHA SALARIAL

Publicado às 13h59 desta segunda-feira, 5 de janeiro de 2015.
Não é segredo para ninguém que o Santos enfrenta uma crise financeira. Para a administração Modesto Roma que assumiu o clube na última sexta-feira (2), a solução encontrada é enxugar a folha salarial dos profissionais. O Peixe é o único grande paulista que ainda não apresentou nenhuma contratação para a temporada 2015.

A folha do Peixe gira em média aproximadamente R$ 7 milhões mensais. Com as saídas de Leandro Damião emprestado ao Cruzeiro e Souza devolvido aos mineiros, a economia mensal será de R$ 560 mil, só com os dois. 

Além deles, deixam a Vila Belmiro, o jovem Matheus Indío que estava sendo aproveitado apenas no sub-20 (R$ 30 mil) e retornou ao Vasco da Gama, assim como Giva que já foi oficializado como reforço do Coritiba (R$ 25 mil). Tiveram os contratos de empréstimos encerrados no fim de 2014, o zagueiro Bruno Uvini (R$ 100 mil) que retorna ao Napoli-ITA e o atacante Rildo que estava cedido pela Ponte Preta (R$ 65 mil). Os zagueiros Neto (R$ 65 mil) e Vinicius Simon (25 mil), além do atacante Jorge Eduardo (R$ 12 mil) também dificilmente continuarão no plantel. Somando-se todos os valores dá quase R$ 1 milhão de economia (R$ 882 mil para ser mais exato).

Para solucionar os problemas de atrasos de salários e direitos de imagem, a idéia da nova direção do Peixe é antecipar 40% da cota que será paga pelo patrocinador master da equipe, a empresa de tecnologia Huawei. Apesar de já ter o logo da empresa chinesa estampado nos uniformes do time que disputa a Copa São Paulo de Futebol Junior, o acordo ainda não foi assinado. Não está descartado a possibilidade de um empréstimo.

O elenco sob a batuta de Enderson Moreira se reapresenta na próxima quinta-feira (8). O time estreia no Paulistão/2015 , dia 1 de fevereiro, contra o Ituano, no estádio da Vila Belmiro.


Quem fala a verdade?

O Santos vendeu no fim do ano passado, o percentual de três jovens revelados na base do clube para o Doyen Sports. São eles: O meia Geuvânio, o atacante Gabriel e o lateral-direito Daniel Guedes. 

O atual presidente - Modesto Roma afirma ter sido pego de surpresa com a informação. A diretoria que deixou o clube afirma justamente o contrário, que notificou o Conselho Fiscal, conforme determina o estatuto e que os valores não revelados a imprensa, foram praticados com preços de mercado.

Independente se a nova gestão sabia ou não, a história se repete e novamente o clube perde com isso. O Santos já tem problemas referente as vendas de jogadores a outro parceiro, a DIS do grupo Sonda. 

A batalha segue na justiça, entre o Peixe e os investidores, e dura desde 2010. O clube questiona a negociação quando o ex-presidente Marcelo Teixeira também vendeu parte dos direitos de sete jogadores - entre eles PH Ganso, André e Wesley. 
 

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